TJMG PROMOVE TREINAMENTO PARA DEFICIENTES VISUAIS

A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realizou, nos dias 12 e 13 de setembro, um curso de capacitação para 31 servidores deficientes visuais. A formação vai habilitá-los a utilizar o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), ferramenta adotada pelo TJMG para gerir e processar eletronicamente documentos, expedientes e processos administrativos.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) passa a utilizá-lo com o objetivo de aumentar a transparência, a produtividade e a celeridade na tramitação de documentos e processos administrativos, reduzir custos, aumentar a segurança da informação e melhorar o ambiente de trabalho e a qualidade da execução das tarefas.

No TJMG, os deficientes visuais são usuários do software livre NonVisual Desktop Acces (NVDA), desenvolvido por dois programadores australianos cegos, Michael Curran e James Teh, para ler a tela dos computadores para pessoas com deficiência visual parcial ou total. O sistema está disponível gratuitamente, Outras opções são o Jaws (Job Access With Speech), sistema proprietário e o Virtual Vision, desenvolvido no Brasil em 1998, também pago.

O curso foi ministrado pelo gerente Fernando Rosa de Sousa, com o apoio da servidora da Coordenação de Protocolo, Ana Paula de Oliveira Pereira. Ana Paula, por ser deficiente visual da Corregedoria-Geral de Justiça, um dos primeiros setores do Tribunal a utilizar a ferramenta, auxiliou o instrutor indicando aos participantes a melhor forma de executar as tarefas propostas.

O servidor Eduardo Homem de Sá, oficial de apoio lotado no Juizado Especial Cível das Relações de Consumo, elogiou a iniciativa. Segundo ele, formatar um curso específico para deficientes visuais é muito importante para o melhor aproveitamento da capacitação, pois, em uma sala com pessoas que enxergam, torna-se mais difícil o acompanhamento das tarefas.

Além disso, salientou, o curso irá auxiliar a todos os deficientes visuais em seus respectivos postos de trabalho, mas exigirá dedicação para que os usuários se familiarizem com a ferramenta: “Trata-se de uma plataforma ampla. Para o nosso ideal aproveitamento, teremos de estudar e praticar bastante”, concluiu.

O servidor Bruno Pinheiro de Lacerda, da Central de Comunicação, comentou que o grupo recebeu bastante apoio da Ejef e elogiou a formação oferecida. “O curso foi breve, mas o conteúdo é excelente e muito interessante. O sistema é bom, acessível: com ele, podemos fazer, sozinhos, coisas que antes não conseguíamos”, conta. Bruno explica que formulários para pedido de férias-prêmio e auxílio-creche, por exemplo, que eram em formato PDF, no SEI serão convertidos em html e poderão ser editados.

Ele lembrou, ainda, que o sistema, que já é adotado em vários órgãos públicos de diversos poderes, é customizável e poderá ser adaptado para atender melhor aos deficientes visuais, bastando para isso que as propostas sejam encaminhadas ao grupo nacional responsável pelo SEI. “Gosto de tecnologia, porque ela dá acessibilidade para quem é cego. Ela abre as portas para nós”, declara, acrescentando que o Tribunal oferece ferramentas que permitem que as pessoas que não enxergam possam trabalhar com independência.

Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom

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