Nessa segunda-feira (13) uma análise publicada no periódico Pediatria, examinou registros médicos de mais de 81.000 crianças americanas e não encontrou nenhuma prevalência aumentada de TEA – Transtorno do Espectro Autista em crianças cujas mães receberam vacinas para infecções durante a gravidez.
A ocorrência do transtorno no grupo vacinado foi de 1,5%, em comparação com 1,8% para o grupo não vacinado. Logo, os autores concluíram que não há risco de que cause autismo a imunização combinada que protege a mãe e o bebê contra as três espécies de bactérias patogênicas que causam tétano, difteria e coqueluche, chamada DTP.
Um dos autores da pesquisa, Hung Fu, afirmou que o elo entre a vacinação e o desenvolvimento do autismo foi discutido por muitas investigações científicas rigorosas, mas os enganos ainda geram preocupações. O autor ainda ressaltou que espera que o estudo tranquilize os pais de que a vacinação durante a gravidez não é associada ao autismo em crianças.
No entanto, nenhum fator isolado está definitivamente ligado ao autismo, já que variações hereditárias em várias dúzias de genes que regulam a atividade cerebral têm sido implicadas, assim como fatores ambientais que poderiam induzir mudanças epigenéticas, como a exposição a altos níveis de testosterona materna no útero.
O médico e professor de ginecologia e obstetrícia da Universidade Federal de Santa Catarina, Edison Fedrizzi, destaca que é importante dizer que a vacinação é uma questão de saúde pública, e não individual.
Vale ressaltar que as imunizações são essenciais não apenas para a saúde do filho, mas também para a saúde da população humana como um todo. Além disso, a ciência concluiu que evitar a vacina não é a solução para reduzir a probabilidade do autismo.
A/M