Após conclusão do inquérito na tarde dessa quinta-feira (26), a Polícia Civil indiciou Angelina Ferreira Rodrigues, de 40 anos, suspeita de matar Mara Cristina Ribeiro da Silva, de 21 anos, e roubar a filha do útero dela, em João Pinheiro, na região Noroeste de Minas Gerais.
Segundo informações da Polícia Civil, o delegado responsável pelas investigações indiciou Angelina por dar parto alheio como próprio, subtração de incapaz e homicídio qualificado por motivo fútil.
No entanto, o marido de Angelina identificado como Roberto Gomes de Souza, de 57 anos, chegou a ser preso, porém não foi indiciado. De acordo com os militares, ficou indicado nos autos que o homem realmente não teria participado do crime. Logo, o inquérito foi remetido à Justiça
A grávida desapareceu no dia 15 de outubro e o corpo dela foi encontrado no dia seguinte por pessoas que passavam por um matagal próximo ao km 143 na BR-040.
Porém, as buscas foram intensificadas quando a suspeita foi até um hospital com uma recém-nascida, junto com o marido, alegando que a filha era sua. Os funcionários da unidade de saúde ficaram desconfiados e acionaram a Polícia Militar e a mulher acabou confessando o crime.
A mulher ainda contou detalhes sobre o crime e afirmou que foi tudo planejado. A suspeita destacou que atraiu a vítima para o matagal e atirou álcool contra o rosto de Mara, depois a estrangulou com um fio de metal.
Em seguida, pendurou o corpo em uma árvore e fez o parto clandestino com uma faca de cozinha. Angelina ainda confirmou que a vítima ainda estava viva quando a criança nasceu. As armas utilizadas no crime estão sendo procuradas.
A suspeita também contou que após matar a vítima, chamou o marido e juntos foram até o Hospital Municipal da cidade, na última segunda-feira. No local, ela afirmou que tinha acabado de dar à luz, mas não quis ser atendida.
Além disso, ao chegar na unidade de saúde os policiais encontraram os familiares da vítima procurando a grávida e afirmando que a mulher morava com ela desde sábado. Uma testemunha ainda informou que viu as duas mulheres saindo por volta de 13h30.
Angelina e Roberto tiveram a prisão decretada e a recém-nascida foi atendida no hospital e depois foi transferida para o Hospital São Lucas, localizado em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba. A criança está se recuperando de um corte na cabeça sofrido durante as agressões à mãe.
Vale ressaltar que no mês de setembro, a suspeita postou uma foto em uma rede social segurando sapatinhos de bebê junto à barriga de grávida desejando boas-vindas à suposta filha chamada Emanuelly Vitória.
A/M