Rompimento da Barragem em Brumadinho completa um mês, busca por desaparecidos continua

Cerca de 500 militares atuaram no resgate às vítimas durante os 30 dias de buscas.

Cento e setenta e nove mortos, de acordo com o último balanço divulgado pelos órgãos que atuaram no resgate às vítimas após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho na grande Belo Horizonte. No dia em que o crime ambiental completa um mês, famílias ainda estão sem respostas sobre o paradeiro de parentes.

Militares do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar, Ibama e diversos outros órgãos estiveram no local para resgatar pessoas, animais e contabilizar as perdas. Uma equipe de Israel chegou à Brumadinho três dias após o rompimento da barragem. Ao todo foram 136 militares israelenses em missão chefiada pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley.

Cerca de 16 toneladas de equipamentos de alta tecnologia para salvamento foram trazidos para o Brasil.

Além disso, as equipes do Brasil, vindas de vários estados, também atuaram em Brumadinho. Foram 500 militares inicialmente. As equipes contaram com o auxílio de pelo menos 15 helicópteros e 20 cães farejadores.

Homenagem

Em memória às vítimas, cruzes foram erguidas na praça central de Brumadinho, nesta segunda-feira. Em uma escola municipal os alunos cantaram o hino nacional e o hino de Brumadinho, além de orações e a leitura de uma carta feita pela população.

No início desta tarde outra homenagem foi realizada na ponte do Rio Paraopeba. Por volta das 12h30, horário próximo ao do rompimento da barragem, um helicóptero jogou pétalas na área.

Projeto de Lei

O governador acionou, na tarde desta segunda-feira (22), um Projeto de Lei que determina medidas mais rígidas para a mineração no estado. O texto foi aprovado pela Assembleia Legislativa na última sexta-feira (22).

O texto aprovado incluiu quase todo conteúdo do projeto que conhecido como “Mar de Lama Nunca Miais”, de inciativa popular, que teve 50 mil assinaturas. O projeto foi elaborado após o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana.

Outras barragens

Além de Brumadinho, duas barragens em Nova Lima, na região Metropolitana de BH e uma barragem em Outro Preto, na região Central alertaram as autoridades e a população pelo risco de rompimento. As três barragens são semelhantes à do Córrego do Feijão e de Mariana do tipo alteamento montante.

Cerca de 1.200 pessoas foram retiradas de suas casas por conta do rompimento das estruturas ou devido ao risco de rompimento de outras barragens.

A/M

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