CPI de Brumadinho: gestor afastado da Vale diz que acreditava na segurança da barragem

O presidente afastado da Vale, Fábio Schvartsman, afirmou, nesta quinta-feira (28), que não existiam dados ou informações que indicassem risco nas barragens da mineradora antes do acidente em Brumadinho, Minas Gerais.

A afirmação foi feita durante a CPI de Brumadinho no Senado.

Segundo o executivo, as áreas técnicas da empresa e as auditorias independentes contratadas atestavam que as barragens estavam seguras.

Em abril de 2018, em entrevista ao site de notícias Valor Econômico, Fábio Schvartsman afirmou que a segurança das barragens era impecável, isso já depois da tragédia em Mariana, também em Minas.

Nove meses após a declaração, a barragem de Brumadinho rompeu deixando 216 mortos e 88 desaparecidos, segundo dados da defesa civil mineira divulgados nessa quarta-feira (27).

As explicações do presidente afastado da Vale irritaram os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito. A senadora Rose de Freiras, do Podemos capixaba, criticou o fato da empresa não encontrar os responsáveis pela tragédia.

Segundo Fábio Schvartsman, cada área ou localidade tem autonomia financeira e organizacional para gerir os negócios, e não chagava à cúpula da Vale qualquer informação sobre a falta de segurança das barragens.

A/M

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