Na manhã do desta sexta-feira (17), policiais militares receberam a informação de uma ocorrência envolvendo uma adolescente de 14 anos.
Segundo informação do solicitante, pai da adolescente, recebeu uma ligação da escola dando conta que sua filha havia entrado em um veículo de cor branca e não comparecido ao estabelecimento de ensino. Diante da informação, o solicitante deslocou à escola onde fez contato com o diretor da mesma, momento em que nos acionou.
Iniciamos um rastreamento e conseguimos imagens de câmeras existentes nas imediações fizemos contato então com algumas amigas da menor que estavam com ela no momento para obter mais detalhes e as mesmas revelaram que o veículo se tratava de um VW/Golf.
Diante das informações iniciamos um rastreamento e foi acionado um cerco bloqueio em diversos pontos da cidade, durante uma blitz na Avenida Presidente Getúlio Vargas, no Centro de Santos Dumont, um veículo com as mesmas características fora abordado.
Deslocamos então ao local e no automóvel, encontravam-se a adolescente e um homem de 34 anos.
Em um primeiro momento o homem relatou ter dado para a adolescente 07h, porém quando perguntado porque estaria com a menor até o momento da abordagem 11h15, o mesmo respondeu que realmente havia encontrado a adolescente se deslocava para a escola e saído com ela com intuito de “ficarem”, pois há vários dias conversavam através do aplicativo WhatsApp.
Segundo ele, foram para as imediações do museu de Cabangú, mas que não praticou relações sexuais com a menor, que tiveram apenas relações afetivas como abraços e beijos. Ele relatou ainda que a menor disse para ele que tinha 16 (dezesseis) anos.
A menor confirmou que mantinha conversas com o homem e há algum tempo estariam combinando de se encontrar e que marcaram nesta data pois ele estaria da folga e o único momento em que ela não estaria acompanhada pela família seria quando estava na escola.
Então se encontraram e deslocaram para uma rodovia nas proximidades do museu de Cabangú, onde “ficaram” no interior e exterior do veículo, segundo a adolescente não praticou sexo com o homem, apenas foi acariciada em suas partes íntimas.
Disse que o autor propôs que fizessem sexo, todavia ela negou, tendo ele insistido e ela resistido.
Que o autor a colocou em cima do capo do carro e tentou tirar as suas roupas, que mais uma vez ela resistiu e entrou no carro. Que no interior do veículo, ela colocou a mochila no colo e ficou segurando com força no colo para evitar que o autor passasse a mão nela. Informou que ele ainda ficou beijando-a e tentando passar as mãos em suas partes íntimas, após as negativas e resistência oferecidas por ela, e por se aproximar o horário de saída do estabelecimento de ensino, eles retornaram, quando foram abordados na blitz policial.
O pai da adolescente, apresentou vários exames de que apontam a menor teria deficit de atenção, foi realizado contato telefônico com o psicólogo que acompanha adolescente, que forneceu o laudo médico e em conversa com os policiais ele informou que a menor apresenta desenvolvimento mental incompatível com a idade, informou ainda que ela possui dificuldade em compreender a realidade e que pode facilmente ser enganada.
Os pais da menor apresentaram diversos documentos nos quais atestam dificuldade de relacionamento e aprendizagem da menor na escola, bem como apresentou uma receita médica de um medicamento de nome “amipritilina”, de uso controlado, o qual é utilizado pela mesma.
Foi acionado o Conselho Tutelar do município, o qual não compareceu, informando que a menor já estaria acompanhada dos responsáveis.
Foi feito contato com o delegado responsável o qual informou que encaminhará a vítima para o IML para realização de exames complementares.
O veículo foi removido para o depósito credenciado, os telefones utilizados pelo autor e a vítima foram recolhidos e recolhida a quantia de R$ 6570,00 (seis mil quinhentos e setenta reais) que estavam no interior do automóvel.
Muitos familiares e amigos da menina iniciaram uma aglomeração próxima a escola e próximo ao quartel com o objetivo de agredirem o autor, sendo necessário levar o autor para uma sala separada dentro da companhia, visando garantir a integridade física do mesmo.
Diante dos fatos as partes foram conduzidas para a delegacia para providencias cabíveis.
Núcleo de Comunicação Organizacional da 13a RPM