No último ciclo produtivo, o banco desembolsou quase a totalidade do limite destinado pelo Funcafé
As empresas e cooperativas mineiras ligadas à produção, beneficiamento e comercialização do café já podem solicitar financiamento ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), para ter acesso aos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o ano safra 2019/2020. O limite de desembolso pelo banco é de R$ 255 milhões para o período.
Na safra anterior, o BDMG conseguiu contratar 99,5% do limite destinado pelo Funcafé às empresas e cooperativas mineiras, o maior percentual desde que o banco passou a operar os recursos do fundo, em 2014. Com o resultado, a instituição passou de oitavo para o quinto maior operador do Funcafé no país.
“Para esta safra, esperamos manter este patamar elevado, consolidando ainda mais a participação do banco no financiamento a uma das cadeias de valor mais estratégicas para economia mineira. Para isso, temos um portfólio de linhas diversificado, adequado às necessidades do setor cafeeiro, e com condições competitivas”, afirma o presidente do banco, Sergio Gusmão.
Serão três linhas de crédito operadas pelo BDMG dentro do Funcafé. A primeira é destinada à comercialização (estocagem) e tem como alvo cafeicultores e suas cooperativas de produção agropecuária, com prazo de um ano para pagar. A segunda linha é para aquisição do café, também com prazo de 12 meses para quitação, e que tem como alvo as indústrias torrefadoras e de café solúvel, beneficiadores e exportadores, além de cooperativas que fazem torrefação, beneficiamento e exportação. O terceiro produto é para financiamento de capital de giro para cooperativas de produção e para indústria de café solúvel e de torrefação, com 24 meses de prazo para pagamento.
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que o estado seja responsável por 52% da produção nacional na safra 2018/2019. A maior parte vem da região Sul do estado.
Desembolsos
A presença do BDMG no setor rural não está restrita à cadeia produtiva do café e também ocorre em outras áreas do agronegócio mineiro. Considerando todos os recursos destinados ao setor agropecuário (Funcafé, BDMG Rural, BDMG Agro, dentre outras linhas do BDMG e repasses do BNDES), o banco desembolsou R$ 198,5 milhões nos primeiros cinco meses deste ano, valor 33% superior ao mesmo período de 2018.
Um dos destaques em 2019 é o desembolso em produtos rurais que utilizam como funding as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), emitidas pelo BDMG. O volume liberado por meio dessas linhas cresceu em 36%, passando de R$ 48,1 milhões para R$ 65,5 milhões nos primeiros cinco meses deste ano.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM