Corpo de Bombeiros segue trabalhando em busca pelas vítimas nos rejeitos
Os seis meses do rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região Metropolitana de Belo Horizonte, completados nesta quinta-feira (25), foram marcados por homenagens às vítimas. Ainda nesta quinta, o Corpo de Bombeiros concedeu coletiva e atualizou sobre o efetivo na cidade.
Na homenagem, familiares fizeram um minuto de silêncio e soltaram balões brancos. Eles ainda colocaram jangadas no Rio Paraopeba, também atingido pela lama.
Às 12h28, momento em que a barragem se rompeu, os familiares fizeram um minuto de silêncio. Ainda durante o dia, poemas foram lidos e vítimas que jogavam no time de futebol da cidade foram homenageadas.
Até o momento, são 248 mortos por conta da tragédia. Há uma semana, a única vítima que ainda estava internada recebeu alta do hospital. Talita Cristina Oliveira, de 16 anos, passou por quatro cirurgias durante o período de internação.
No dia 25 de janeiro, quando a barragem se rompeu, a jovem estava em casa com a irmã e a sobrinha quando foram surpreendidas pelos rejeitos.
O momento em que Talita era socorrida pelos militares viralizou na internet. As imagens foram feitas pela Record TV e transmitidas ao vivo.
Buscas
A equipe do Corpo de Bombeiros segue realizando buscas no local. Nesta quinta-feira, 141 bombeiros militares estão trabalhando. A corporação ainda conta com apoio de 22 cães e um drone.
Romeu Zema e Erlon Dias do Nascimento
Nesta tarde o Comandante-Geral do CBMMG, Erlon Dias do Nascimento Botelho, disse em coletiva que os trabalhos dos militares vão continuar enquanto houver vítimas. “Nós já entregamos mais de 700 casos para a polícia civil e estamos aguardando 128 que ainda serão solucionados. Nossos militares trabalham todos os dias e assim nós vamos fazer”, explicou.
No dia 11 deste mês, os militares encontraram um corpo durante as buscas, porém era de uma pessoa que já havia sido identificada, de acordo com a Polícia Civil.
Os bombeiros disseram que o corpo foi encontrado em uma área conhecida como Remanso 2, e estava a três metros de profundidade. Ainda de acordo com os militares, a vítima estava sem uma das pernas.
Na época, a corporação informou que não iria informar a identidade da vítima. Ela teria sido identificada em fevereiro, um mês após a tragédia. Os familiares já tinham realizado um sepultamento.
Por conta das mudanças no solo e o tempo desde que a barragem se rompeu, as estratégias dos militares foram mudando. Neste momento, segundo Erlon, os militares estão focados em aprofundar o rejeito. “Removemos aproximadamente menos de 20% de todo o rejeito e, com isso, encontramos 92% dos desaparecidos, então é um trabalho de inteligência, até porque o terreno muda. Hoje a estratégia é outra. Nós temos um número menor de bombeiros, chegamos a ter 635 apenas na área quente e hoje são 135. Nosso trabalho é de aprofundar o rejeito para realizar as buscas”, explicou.
Governo de Minas
Nas redes sociais, Romeu Zema (Novo) prestou homenagem aos familiares das vítimas e aos órgãos que trabalharam no resgate às vítimas. “Presto minha solidariedade a todas as famílias das vítimas. Agradeço às forças de segurança, destaco a atuação do Comitê Pró-Brumadinho e o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)”, disse o governador na publicação.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM