A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo tratamento quimioterápico para câncer de mama agressivo que não causa queda de cabelo. Chamado de T-DM1, o medicamento tem menos efeitos adversos e possui comprovação de eficácia com 50% menos riscos de reincidência e morte em pacientes.
O tratamento deve ser utilizado em pacientes com câncer HER2-positivo, ou seja, em estágio inicial, que manifestam doença residual invasiva depois de terapia prévia à cirurgia.
Segundo a oncologista, Regina Hercules Vidal, “a novidade é um avanço para a comunidade científica e também uma nova esperança para as pacientes”.
O T-DM1 é uma combinação de um anticorpo monoclonal que causa a morte das células cancerígenas. De acordo com Vidal, a medicação já era usada para tratamento do câncer de mama na fase metastática da doença. Ainda conforme explicado por Vidal, a droga “agora foi liberada pela Anvisa para o tratamento do câncer de mama avançado”.
A quimioterapia do T-DM1 é liberada seletivamente no interior das células cancerígenas, diferente da convencional que acontece de forma sistêmica e pode agir em todas as células do organismo. Por este motivo, os efeitos colaterais sistêmicos que causam mais incômodo para as mulheres são menores, como queda de cabelos, astenia, náuseas e vômitos.
Vidal esclarece que um estudo revelou que em três anos, 88,3% das pacientes tratadas não tiveram retorno do câncer de mama ou morte.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) afirma que pelo menos 60 mil novos casos de tumores de mama são diagnosticados por ano no Brasil. O tipo HER2-positivo é uma forma particularmente agressiva da doença, quando não tratada adequadamente. Ele afeta em torno de 15% a 20% das mulheres.
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