Boletim Epidemiológico do Sarampo (02/10)

O Sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico, as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar à óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

Desde o início do ano foram confirmados um total de 34 casos de sarampo. Quatro destes ocorreram no primeiro trimestre do ano e a cadeia de transmissão foi contida. A partir de junho de 2019 (SE 23 a 38) o número de casos suspeitos aumentou, totalizando 1348 notificações provenientes de 206 municípios no estado. Destes, 694 foram descartados, 624 estão em investigação e 30 casos foram confirmados, sendo detectados novos casos e cadeias de transmissão da doença.

Os 04 casos confirmados no primeiro trimestre foram de residentes dos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Betim, tendo esta cadeia, como caso índice, um viajante da proveniente da Europa (Mais detalhes nos boletins anteriores).

Já a maioria dos 30 casos confirmados nos últimos 90 dias, está relacionada à importação do vírus de doentes que estiveram no estado de São Paulo ou por contato direto com quatro doentes paulistas provenientes das cidades de São Paulo-SP (1), Jundiaí-SP (1) São Bernardo do Campo (1) e Araras-SP (1). A exceção deste tipo de vínculo foi para os casos das cidades de Betim, Ribeirão das Neves e Unaí, onde não foram identificadas as origens de contato dos doentes.

Mais detalhes no Boletim.

Ações da SES-MG

  • Construção e divulgação do “Plano de Contingência para Resposta às Emergências em Saúde Pública: Sarampo”;
  • Atendimento pelo CIEVS MG, em esquema de plantão, referente a notificações imediatas de sarampo pelas vigilâncias epidemiológicas locais;
  • Participação ativa no CME com presença de outras áreas interna da SES-MG e parceiros externos;
  • Instalação da Sala de Situação/Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) Estadual, com o objetivo de gerar informação de qualidade e em tempo oportuno, bem como fornecer respostas rápidas de forma intersetorial.
  • Operacionalização de uma sala de vacinação no Aeroporto de Confins, realizando vacinação seletiva durante 15 dias;
  • Vacinação seletiva na Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais (CAMG);
  • Publicação da Resolução SES/MG N. 6783, de 17 de julho de 2019, que institui incentivo financeiro para ações de intensificação da vacina tríplice viral nos municípios do Estado;
  • Emissão de inúmeros Alertas para os profissionais de saúde sobre a doença e locais com surtos ativos;
  • Atualização do hotsite pela Assessoria de Comunicação Social (disponível em: www.saude.mg.gov.br/sarampo)
  • Elaboração de Boletim Epidemiológico semanal;
  • Elaboração de documento com orientações sobre intensificação vacinal principalmente nas Regionais de Saúde que fazem divisa com o estado de São Paulo.
  • Elaboração de Memorando com orientações sobre a conduta vacinal em menores de 1 ano;
  • Realização de videoconferências com as Unidades Regionais de Saúde;
  • Intensificação de mídia e ações de mobilização social;
  • Interface direta com a Fundação Ezequiel Dias (FUNED-MG), iniciando a realização do exame PCR em tempo real (exames laboratoriais mais sensíveis, específicos e rápidos);
  • Elaboração e divulgação do “Fluxograma de Atendimento aos Casos Suspeitos de Sarampo”;
  • Definição de serviços de saúde referência no Estado para pediatria e adultos.
  • Atendimento a demandas de imprensa com divulgação de informações relacionadas a doença e vacinação por intermédio da Assessoria de Comunicação Social;
  • Disponibilização de vitamina A em hospitais de referência macrorregional para dispensação durante assistência de casos potencialmente graves.

» Clique aqui e acesse o Boletim Epidemiológico do Sarampo em Minas Gerais.

GIRO DE NOTÍCIAS / SSEMG

Related posts

BA, CE, RJ e MA têm aumento de casos graves de SRAG por rinovírus entre crianças e adolescentes

Covid-19: Ministério da Saúde distribui 1,2 mi de doses de vacina para estados e DF

Prefeitura realiza o Dia D de combate à Dengue