Investigações foram iniciadas em janeiro deste ano.
Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (3), a Operação Muralha, maior operação de combate ao crime organizado realizada neste ano. A ação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do 11º Departamento de Polícia Civil de Montes Claros, no Norte de Minas e a DIE – Delegacia de Investigações Especiais, teve início em janeiro deste ano.
A investigação foi iniciada após a constatação de que guardas e vigias da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, também na região Norte, estariam insatisfeitos com uma medida adotada, onde foi trocada a diretoria da penitenciária. Eles temiam um possível endurecimento de regras disciplinares, por parte da nova diretoria.
Após a divulgação de uma mídia em redes sociais, que continha teor ameaçador contra os agentes de sistema prisionais, a operação foi desencadeada. Durante sete meses, foram analisadas 34.600 linhas telefônicas e houve monitoramento de 78 possíveis alvos. Esses alvos estavam localizados em 10 municípios de Minas Gerais e do Paraná.
A Operação Muralha tinha entre seus objetivos desarticular ações do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil, e realizar prisões e transferências de presídios para alvos intitulados como líderes da ORCRIM. Esses estariam, mesmo presos, organizando as atividades criminosas.
Foram expedidos 51 mandados judiciais, sendo 11 deles de busca e apreensão e 40 mandados de prisão preventiva e pela transferência para presídios federais de 11 presos.
Apenas o Departamento de Montes Claros dispôs para a operação uma equipe de 65 policiais, além de 18 viaturas. ocorreram prisões nos municípios Uberaba, Uberlândia, Patrocínio, Várzea da Palma e Francisco Sá.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM