Começa neste mês a campanha Novembro Azul contra o câncer de próstata. A doença tirou a vida de mais de 15 mil pessoas em 2017, o que representa 42 mortes por dia no país, segundo dados do Ministério da Saúde.
O Instituto Nacional do Câncer estima que 68 mil novos casos devem ser diagnosticados neste ano. Apesar dos altos índices, o tema ainda é tabu entre os homens, principalmente por conta do exame do toque retal. O jornalista aposentado Armando Cardoso, de 65 anos, conta que a morte prematura do pai, vítima do câncer de próstata, o despertou para o problema.
Além dos preconceitos, outra barreira apontada pelos especialistas para reduzir as mortes pela doença é a falta de informação. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde não recomendam exames obrigatórios para todos os homens.
Mas a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que, ao menos a partir dos 40 anos, os homens procurem um profissional para que ele trace o perfil do paciente e determine a melhor idade para começar a fazer os exames.
O médico Wilson Busato, da Sociedade Brasileira de Urologia, esclarece que se identificado em fase inicial, o câncer de próstata pode ser facilmente vencido. O diagnóstico da doença é confirmado após biopsia de uma amostra da próstata.
Já a biopsia é indicada para os pacientes com alguma alteração no órgão, identificada pelo exame de sangue ou pelo toque retal. Alguns fatores de risco aumentam as chances de ter o câncer, são eles: o histórico familiar, pai, avô ou irmão que tiveram a doença antes dos 60 anos; sobrepeso ou obesidade; pessoas negras tem mais predisposição para doença; e também o fator idade, nove em cada 10 homens que tem câncer na próstata estão com mais de 55 anos.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM