Solenidade realizada nesta segunda-feira (18) lembrou os 110 anos do ensino técnico e profissional no País; evento contou com a presença de profissionais e estudantes do Sistema S.
Os 110 anos da educação técnica e profissional no Brasil foram lembrados, na tarde desta segunda-feira (18), em sessão especial no Senado Federal. Na saudação inicial, o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da sessão, desejou “vida longa” ao ensino técnico e profissional – ele que também foi aluno do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) na juventude.
Paim defende a educação profissional como forma de trazer mais dignidade e salário justo para os trabalhadores, sejam ele jovens, sejam mais experientes.
“Entendo que é fundamental nós fortalecermos o ensino técnico e tecnológico no País. Então, nesse momento, investir no ensino técnico é combater a miséria, é fortalecer a educação e a formação para que a nossa moçada – eu falo moçada, mas podem ser trabalhadores adultos também – prepare-se para o mercado de trabalho”, destacou.
A sessão foi marcada pela presença de diversas autoridades, trabalhadores e estudantes do Sistema S, que deram testemunho da importância do ensino para sua formação. Entre eles, estava o brasiliense Iago Martins, de 21 anos. Estudante do curso de Técnico em Manutenção Automotiva do SENAI, em Brasília (DF), o jovem julgou o Sistema S como “de extrema importância” e contou um pouco sobre os planos para o futuro.
“Minha expectativa é de ser empresário e abrir, um dia, meu centro automotivo. Ter mais empregos para outras pessoas também e, assim, a gente vai criando um novo mercado”, projetou.
Educação profissional
Dados do Ministério da Educação (MEC) revelam que 661 escolas espalhadas por 578 municípios compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
Ainda de acordo com o MEC, as 19 escolas de Aprendizes e Artífices, criadas em 1909 pelo então presidente Nilo Peçanha, foram o pontapé inicial para o ensino profissionalizante no Brasil. Atualmente, a educação profissional brasileira vai do ensino básico até a pós-graduação.
Segundo o último Mapa do Trabalho Industrial, divulgado em setembro pelo SENAI, até 2023, o mercado precisará de aproximadamente 10 milhões de profissionais qualificados em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento para atender a demanda.
GIRO DE NOTÍCIAS / Agência do Rádio