Infecção causada no organismo por substâncias químicas liberadas na corrente sanguínea pode levar à morte.
Uma combinação entre febre e hipotermia pode ajudar o organismo a combater a sepse, infecção causada quando substâncias químicas são liberadas na corrente sanguínea para tratar outra infecção, mas desencadeia uma inflamação pelo corpo. A doença, que pode causar alterações que danificam vários órgãos, podendo até matar, pode ter agora um tratamento.
A descoberta é que uma combinação alternada entre aumentar a temperatura do corpo para expulsar a ameaça e resfriá-lo de forma controlada para permitir a convivência temporária com o invasor pode preservar os órgãos e sistemas.
Foram realizados testes com 50 pacientes com sepse e o quadro clínico transitou naturalmente entre os estados de resistência com febre e de hipotermia, possivelmente associada à tolerância. O método, considerado inovador, é apoiado pela Universidade de São Paulo, além de outras universidades ao redor do mundo.
Os resultados do estudo até o momento promovem uma reavaliação na forma de lidar com a sepse. Segundo os pesquisadores, será possível, a partir do estudo, pensar em novas terapias e linhas mais personalizadas para combater a infecção.
De acordo com dados do Instituto Latinoamericano de Sepse, a infecção é responsável por 25% das ocupações em leitos de UTI no Brasil. O índice de mortalidade é considerado alto, sendo que 65% dos pacientes morrem após contrair a sepse.
GIRO DE NOTÍCIAS / Agência do Rádio