A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em janeiro, em relação a dezembro, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (10) pelo IBGE. O resultado interrompeu dois meses de taxas negativas e é o melhor janeiro desde 2017, quando ficou em 1,1%. Na comparação com janeiro do ano passado, o setor teve queda de 0,9%, com recuo também no acumulado dos últimos 12 meses, de -1%.
Na comparação com dezembro, 17 dos 26 ramos industriais pesquisados e três das quatro grandes categorias econômicas apresentaram taxas positivas em janeiro. “Isso não ocorria desde abril do ano passado. Os resultados positivos ficaram concentrados em poucas áreas da indústria por oito meses seguidos em 2019”, destaca o gerente da pesquisa, André Macedo.
As principais influências positivas vieram de máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%), metalurgia (6,1%) e produtos alimentícios (1,6%), depois dos recuos registrados em dezembro. Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%) avançaram pelo terceiro mês seguido.
Entre os oito ramos que reduziram a produção em janeiro, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por impressão e reprodução de gravações (-54,7%) e indústrias extrativas (-3,1%), que teve o quinto mês consecutivo de queda na produção e acumulou perda de 8,9% desde então.
Já entre as grandes categorias econômicas, André Macedo observa que bens de capital (12,6%) e bens de consumo duráveis (3,7%) cresceram acima da média em janeiro com a retomada da produção nas indústrias de veículos depois do período de férias coletivas.
“Com isso, bens de capital interrompeu os resultados negativos desde maio de 2019, período em que acumulou redução de 14,8%. O resultado de janeiro foi o avanço mais intenso desde junho de 2018 (23%). Já o avanço de bens de consumo duráveis devolveu parte da perda de 6,8% acumulada nos dois últimos meses de 2019”, acrescentou o gerente da pesquisa.
Ainda de acordo com a pesquisa, bens intermediários (0,8%) também registrou taxa positiva em janeiro. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis teve variação negativa de 0,1% e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período recuo de 2,2%.
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