Sudeste concentra maior número de casos prováveis de dengue entre as cinco regiões brasileiras

A região Sudeste concentra o maior número de casos prováveis de dengue no Brasil, neste início de ano. A informação é do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

A região Sudeste concentra o maior número de casos prováveis de dengue no Brasil, neste início de ano. A informação é do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Juntos, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo somam mais de 41 mil notificações da doença, computadas entre 29 de dezembro do ano passado e 1º de fevereiro. Ao todo o número representa quase a metade dos 94 mil casos prováveis de todo o Brasil.

Os dados do boletim do governo também apontam que a região do Centro-Oeste é a que tem a maior taxa média de incidência de casos de dengue. Nas quatro Unidades da Federação, são 105,75 casos a cada 100 mil habitantes. As altas taxas na região são puxadas pelo estado de Mato Grosso do Sul, que decretou estado de alerta após a confirmação de 11 mortes provocadas pela doença no período.

A taxa de incidência de dengue coloca 48 municípios sul-mato-grossenses em estado de alerta para a doença. Isso ocorre quando o número esperado de casos para o período ultrapassa o limite superior do diagrama de controle de uma localidade. Alcinópolis, Pedro Gomes, Caracol, Sete Quedas, Cassilândia, São Gabriel do Oeste, Bonito, Bataguassu e Jardim, são os municípios com as maiores taxas de incidência no estado. Nestas localidades concentram mais de mil casos prováveis de dengue.

A situação brasileira preocupa as autoridades sanitárias, que lembram à população sobre a necessidade de combater os focos do mosquito, principalmente dentro das casas. O coordenador-geral de Vigilância em Arbovirose do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, detalha a preocupação sobre o ciclo de vida do mosquito:

“Hoje, mais de 80% dos criadouros do mosquito são intradomicilares. Então, a ação de controle é necessária, integrada de atividades do poder público, tanto do Ministério da Saúde como das secretarias estaduais e municipais de saúde, aliado, as ações de mobilização da população.”

Já no Sul, o motivo de preocupação é o Paraná. O estado concentra 25,2 dos 25,5 mil casos prováveis registrados em toda região neste ano. A situação motivou o governo estadual a instituir Estado de Alerta para o combate e controle do mosquito Aedes aegypti. Entre as medidas para frear o aumento nos casos da doença, o governo vai intensificar visitas domiciliares em todos os municípios para a identificação e eliminação dos focos do mosquito.

Apesar da menor quantidade registrada das doenças provocadas pelo Aedes em comparação com as outras regiões, o Nordeste e o Norte também estão em alerta. Todos os nove estados nordestinos foram classificados como passíveis de terem surto da doença em 2020. Em janeiro, Pernambuco teve a maior quantidade de casos prováveis regionalmente, com o registro de 513 pessoas com a doença. Já o Rio Grande do Norte teve a maior incidência, com quase 13 casos a cada 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde.

No Norte, é o Acre que concentra os maiores números de casos prováveis (1.390) e incidência: são 158 casos a cada 100 mil habitantes.

A sazonalidade da dengue e a época de chuvas são duas características importantes para monitorar e combater o mosquito. Por isso, as autoridades de saúde reforçam a necessidade de constância nos cuidados e eliminação dos focos do Aedes, como informa o diretor do Departamento de Imunizações da Sec. Saúde do Ministério da Saúde, Júlio Croda.

“Elimine os focos na sua residência. Essa eliminação tem que ser semanalmente. Você pode eleger um dia, geralmente, aos fins de semana, para fazer essa busca no sentido de encontrar e eliminar esses focos.”

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.

GIRO DE NOTÍCIAS / Agência do Rádio

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