Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil tem 223 Bancos de Leite Humano e 217 postos de coleta, espalhados por todos os estados e DF.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil tem 223 Bancos de Leite Humano e 217 postos de coleta, espalhados por todos os estados e DF. Essa é a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) – fato que posiciona o país como referência internacional no processamento e doação de leite materno.
E tal destaque se dá por inúmeros fatores: desde o rigoroso controle de qualidade do leite humano oferecido aos bebês internados nas Unidades Neonatais – que leva em consideração as necessidades de cada criança – até a tecnologia que alia baixo custo à alta qualidade. Todo o leite materno doado passa por análise e é pasteurizado antes de chegar ao bebê prematuro e/ou de baixo peso internado em Unidades Neonatais.
É o que ressalta Janini Selva Ginani, coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde. Ela também destaca outras qualidades do modelo de processamento do leite materno realizado no Brasil.
“O Brasil usa tecnologia de alta eficácia e baixo custo para o processamento do leite materno, isso é um diferencial importante no cenário mundial. As equipes são altamente capacitadas e atualizadas constantemente. A Rede de Bancos de Leite Humano do Brasil atua de maneira conjunta e qualificada, investindo em processos de melhoria contínua dos seus processos e serviços.”
O relato da mãe Tarsila Bezerra, de 27 anos, ilustra o quão importante é o trabalho dos Bancos de Leite Humano. A filha nasceu prematura e, após o parto, não pôde amamentá-la. A moradora de Vicente Pires, no Distrito Federal, resolveu procurar ajuda no Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Na unidade, ela foi acompanhada e se “impressionou” com o suporte que recebeu.
“A minha experiência com o Banco de Leite Humano foi única. O acompanhamento não só com a criança, mas com a mãe, é muito bom. É um atendimento amplo, multiprofissional. Fui atendida por médico, enfermeiro, psicólogo. Lá, eles passaram muitas orientações, fizeram consulta prévia com a criança, fazendo medições e acompanhando o desenvolvimento dela.”
Todos os anos no Brasil, cerca de 330 mil bebês nascem prematuros e precisam da doação de leite materno para se recuperarem mais rápido e crescer com mais saúde. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, o volume coletado só é suficiente para atender 45% das crianças.
O Ministério lançou, recentemente, campanha para sensibilizar e mobilizar as doações de leite materno, mesmo durante a pandemia da Covid-19. O governo alerta que com os cuidados necessários, tanto da doadora quanto dos Bancos de Leite Humano, é possível manter a rotina de doação.
“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.
GIRO DE NOTÍCIAS / Agência do Rádio