No final da tarde dessa quarta-feira (03), começaram a ser expostas em uma conta do Twitter estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata de Minas Gerais, que ingressaram na faculdade através de cotas irregulares, ou seja, cotas que não correspondiam a sua realidade.
A conta, que tem o nome “UFJF Antifraudes”, passou a publicar os dados sobre as cotas dos alunos de diversos cursos, junto com a foto da pessoa, mostrando que as características físicas não correspondiam com o sistema aplicado. A principal denúncia é de estudantes que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, mas que não correspondiam com a cota referente.
Essas fraudes ocorreram tanto no preenchimento das cotas raciais do Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM) quanto no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A justificativa do perfil sobre a exposição não é para linchar nem cancelar as pessoas, mas sim gerar conscientização e reconhecimento do erro.
Desde 2018, a universidade já vinha recebendo denúncias semelhantes a essas fraudes no sistema de cotas. Sobre a mais recente, a instituição publicou uma nota em seu site oficial se posicionando sobre o assunto. Em um dos trechos, a instituição diz: “A UFJF apura todas as denúncias que chegam a ela pelos canais competentes, no caso, a Ouvidoria. Existem duas maneiras que a Instituição trata essas denúncias que chegam via Ouvidoria. A primeira, com a criação de uma comissão de heteroidentificação, que durante a matrícula faz a análise do perfil desse estudante para saber se ele se enquadra no perfil de cotista ou não do qual ele se declarou, definindo ali se ele tem direito ou não. ”
O caso ainda segue em investigação e não foi divulgado se os alunos perderão suas bolsas ou não.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM