Prefeitos questionam critérios do Ministério da Saúde de distribuição de recursos de enfrentamento à Covid-19

Entidade queria repasse que priorizasse médias e grandes cidades

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) discordou dos critérios que o Ministério da Saúde adotou para transferir R$ 13,8 bilhões para estados e municípios combaterem a pandemia da Covid-19. Na visão da FNP, a Portaria 1.666/2020, que regulamenta o repasse, “penaliza” as médias e grandes cidades.

Repasses para mitigar efeitos da pandemia ainda são insuficientes, afirmam entidades representativas de municípios. Em um ano, Fundo de Participação de Municípios apresenta recuo de 23,5%. Câmara prevê suspensão de portaria que alterou repasses do Fundo Nacional de Assistência Social.

De acordo com a frente, esses centros são os responsáveis pelo atendimento de média e alta complexidade aos pacientes com quadros graves do novo coronavírus, inclusive aqueles que são do interior. No entanto, o texto prioriza as cidades menores, pois um dos critérios é o tamanho do município em relação à população, o que segue a nova postura adotada pelo Ministério da Saúde de preconizar o tratamento precoce da doença.

A FNP queria mais recursos para as médias e grandes cidades e uma partilha que correspondesse ao número de leitos disponíveis nos municípios. A entidade pretende elaborar um documento para demonstrar “as distorções presentes” no raciocínio do Ministério da Saúde.

GIRO DE NOTÍCIAS / Agência do Rádio

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