O jornalismo esportivo vive uma quarta-feira (29) tão cinza quanto a terça (28), após ser anunciado o falecimento do jornalista Rodrigo Rodrigues, que apresentava o Troca de Passes, no SporTv. Rodrigo, há algumas semanas, constatou positivo para o exame do novo coronavírus. Depois de uns dias internados, foi diagnosticado uma trombose venosa cerebral.
Ele não resistiu ao quadro clínico e teve uma morte encefálica. Durante toda terça, programas e jornalistas prestaram depoimentos sobre o relacionamento de Rodrigo com a vida, o trabalho e os colegas de profissão.
“Queria começar o programa dizendo que você poderia tentar não gostar do Rodrigo, dizer que não achava esse cara legal, mas falharia miseravelmente. Nunca conheci um colega que fosse assim tão unanimidade, que tenha despertado tanto carinho e levado tanto alto astral para as pessoas. O cara era carisma e talento puro”, disse Rizek.
“Muito difícil segurar a emoção. Em um meio como a televisão, é muito raro, raríssimo, ter uma pessoa que é requisita por todo mundo à sua volta. Só o tanto de gente que o acha querido em tantos veículos e emissoras mostra como ele era amado por onde passava. Alto astral, divertido, generoso, muito lamentável esse vírus maldito que, quando pega alguém próximo da gente, impossível não ficar mal”, declarou Cereto.
Fábio Noogh, amigo de Rodrigo, também se despediu do amigo de longa data. Mas também informou sobre um filho legítimo que o jornalista que pretendia tornar público. Gabriel, de 24 anos, não chegou a conhecer o pai, que o registrou quando tinha sete anos. Fábio afirmou que não sabe porque Rodrigo escondeu por tanto tempo essa história.
“Um dos últimos desejos do Rodrigo confidenciado à Dona Sônia (mãe de Rodrigo), em maio deste ano, era incluir o Gabriel no plano de saúde médico da empresa e no devido momento revelar e assumir publicamente a existência do filho como forma de redenção por todo o silêncio que ele manteve durante esse tempo, e assim, dar algum consolo e o devido desfecho que todos eles merecem. Conheço o Rodrigo há 12 anos, o Gabriel é a melhor coisa que ele fez na vida, sei lá porque motivo a gente foi privado disso. Ele fala que nem o Rodrigo, tem a voz aguda, é farrista igual, até no meio da dificuldade”, disse ele.
“Gabriel, de 24 anos, é filho no papel e devidamente sustentado e reconhecido legalmente desde o conhecimento da sua existência aos sete anos de idade tanto pelo Rodrigo como pela sua fantástica família, mas nunca teve chance de conhecer o pai, fato que por seus próprios motivos, nosso amado amigo manteve segredo de todos nós esse tempo todo, creio eu para resguardar a vida íntima de todas as partes envolvidas”, concluiu.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM