Barbacena recebe certificação da ONU como “cidade resiliente”

Barbacena foi certificada pelo Escritório das Nações Unidas (ONU) como uma cidade comprometida como a Redução do Risco de Desastres (UNDRR). A certificação aconteceu na última sexta-feira (26/02) devido ao compromisso firmado com a Resiliência aos Desastres.

O documento é conferido aos municípios inscritos no programa “Cidades Resilientes”, cujo propósito é fomentar as condições de enfrentamento às situações de emergência causadas por desastres naturais.

Dos 5.570 municípios brasileiros somente 692 foram certificados pela ONU, até o momento.

Com este passo, Barbacena se compromete a adotar medidas necessárias nos campos estrutural, institucional, de planejamento e de gestão de riscos, bem como de organização social, para se tornar, de fato, capaz de se adaptar constantemente e de responder à altura aos desafios de uma cidade em crescimento.

Cidades Resilientes

Cidades Resilientes são aquelas que têm capacidade de reagir de acordo com as necessidades apresentadas pelas crises naturais. São municípios que se preparam para lidar com essas situações e aproveitam o conhecimento anterior, criando planos de ação que possam ser úteis no futuro.

A proposta é promover o incremento das ações já desenvolvidas, buscando definir prioridades na área de gestão do risco de desastres. Para esta empreitada o poder público, as instituições parceiras e a sociedade civil farão parte de todas as discussões.

Assim, a Prefeitura de Barbacena, através da Defesa Civil, em parceria com diversos órgãos governamentais e a sociedade civil organizada criará um comitê Inter setorial com a finalidade de avançar no desenvolvimento das 10 ações essenciais propostas pela ONU para o incremento da resiliência a desastres.

O Chefe da Defesa Civil de Barbacena, Ricardo de Paiva Guimarães, destacou a importância do programa, sobretudo diante das transformações climáticas e o crescimento populacional. ‘É muito importante entender a velocidade com que as dificuldades ambientais se apresentam e como isso coloca em risco a segurança das pessoas. Enfrentar os problemas decorrentes da própria topografia do Município nos impõe buscar condições para que possamos prevenir acidentes e, uma vez que eles ocorram, termos a capacidade de socorrer os cidadãos da maneira mais rápida possível”, pontuou.

Ricardo ressaltou também o alinhamento do programa com os propósitos da administração municipal, já que a inscrição e adesão ao programa da ONU foi uma determinação do prefeito Carlos Du.

Compromissos

Para ser reconhecido como ‘Cidade Resiliente’, o Município deve cumprir dez ações essenciais:

1. Se organizar para a resiliência frente aos desastres;

2. Identificar, compreender e utilizar cenários de risco atuais e futuros;

3. Reforçar a capacidade financeira para a resiliência;

4. Promover o desenho resiliente e desenvolvimento urbano;

5. Proteger zonas-tampão naturais, para melhorar a função da proteção fornecida pelos ecossistemas;

6. Fortalecer a capacidade institucional para a resiliência;

7. Compreender e fortalecer a capacidade social para a resiliência;

8. Aumentar a resiliência da infraestrutura;

9. Garantir a eficácia da preparação e resposta eficaz às catástrofes;

10. Acelerar a recuperação e reconstruir melhor, depois de qualquer desastre.

GIRO DE NOTÍCIAS / PMB

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