Pandemia dobrou delivery, mas reduziu renda de entregadores

Com a pandemia, os trabalhadores viram seus rendimentos reduzirem, apesar do aumento na demanda do pedidos

Conforme estudo divulgado em dezembro pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de entregadores e motoboys aumentou 3,5% na pandemia, chegando a cerca de 950 mil em todo o país. Dados do aplicativo 99 Food também mostram esse crescimento entre janeiro e dezembro do ano passado. No país, a alta foi de 910% no número de pedidos, e, só em Belo Horizonte, a estimativa é de crescimento de 800% no número de restaurantes cadastrados.

Apesar do aumento da demanda de pedidos, um estudo da Unicamp, do Ministério Público do Trabalho e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), aponta que houve queda nos rendimentos para 58,9% dos entregadores durante a pandemia. O entregador Felipe Zuppo, de 33 anos confirma que houve uma diminuição na renda líquida mensal e reclama que apenas “sobrevive” com o momento atual.

Conforme informou a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Estado (Abrasel-MG), com o novo fechamento, a estimativa é que o setor tenha um prejuízo de R$ 15 milhões por dia. Matheus Daniel, presidente da entidade, explicou que o serviço de delivery representa no máximo 20% dos rendimentos de cada estabelecimento, o que não é suficiente para pagar as contas.

GIRO DE NOTÍCIAS / AM

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