Preço dos alimentos foi o segundo segmento que mais pesou no bolso
A inflação acelerou em setembro, voltando a atingir de forma mais acentuada o bolso dos brasileiros mais pobres. O principal impacto foi provocado pela alta nos preços do setor de habitação, de acordo com o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nessa sexta-feira (15) pelo Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
O estudo apontou que o maior avanço, de 1,3%, em relação a agosto, foi observado entre as famílias com menor poder aquisitivo, grupo formando pela parcela da população que tem rendimento mensal abaixo de R$ 1.808. Já para as famílias com renda acima dos R$ 17.764, a variação foi um pouco mais amena, de 1,09%.
Dentro do setor de habitação, o Ipea aponta reajustes de 6,5% nas tarifas de energia elétrica, de 3,9 no gás de botijão e de 1,1% nos artigos de limpeza.
A alta nos alimentos em domicílios foi o segundo segmento que mais pesou no bolso dos mais pobres na virada de agosto para setembro, puxada especialmente pelo aumento das frutas, aves, ovos, leite e derivados.
Para a camada com renda mais elevada, o principal foco inflacionário no mês avaliado veio do setor de transportes, segmento influenciado pelos reajustes de 2,3% da gasolina, de 28,2% nas passagens aéreas e de 9,2% nos transportes por aplicativo.
Com o resultado, a inflação para os mais pobres chegou a 10,98% no acumulado no período de 12 meses encerrado em setembro, maior alta entre os grupos investigados. Já para os mais ricos, a variação de preços no acumulado de 12 meses chegou a 8,91%.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM
Radio agência Nacional.