A CPI da Pandemia encerrou a fase dos depoimentos e nesta quarta será lido o relatório final pelo relator, senador Renan Calheiros. Segundo o vice-presidente da CPI, senador Ranfolfe Rodrigues, o documento aponta 72 indiciamentos, entre eles de duas empresas. Entre as pessoas físicas, estão os ministros da Saúde Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades do governo e da área da saúde, além de médicos e profissionais de saúde.
Logo mais, na noite desta terça-feira, o grupo que coordena a CPI vai se reunir na casa do senador Tasso Jereissati, em Brasília. Eles vão debater os últimos detalhes antes da leitura do documento. Randolfe disse que pontos do relatório podem ser modificados.
Além do relatório de Renan, outro relatório será apresentado. De autoria do senador Alessandro Vieira, do Cidadania-SE, o documento foca em investigar se o número de mortes por covid-19 no Brasil teria sido menor, se a condução das políticas públicas de saúde fossem outras. Ele aponta ainda atraso na compra de vacinas contra a covid pelo governo federal. Foi apresentado também o voto complementar do senador Izalci Lucas, do PSDB-DF. Neste caso, ele pede a inclusão de irregularidades da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, da operação “falso negativo”.
A reunião da CPI desta terça-feira recebeu o último depoimento, do assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Elton da Silva Chaves. O Conasems é um dos 13 membros da Conitec, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde. O depoente foi convocado para esclarecer o motivo da Conitec ainda não ter uma diretriz técnica para o tratamento do paciente com Covid em ambiente hospitalar ou não.
Elton Chaves disse que a Conitec não deliberou sobre as orientações técnicas elaboradas pelo Ministério da Saúde recomendando o uso de cloroquina e hidroxicloroquina na fase inicial da covid.
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