Congresso deve priorizar segurança, reforma tributária e orçamento de 2026 esta semana

Na primeira semana de setembro, o Congresso Nacional terá uma agenda marcada por debates centrais para o governo e para os parlamentares que já projetam as Eleições de 2026. Entre os principais temas, estão a chamada “PEC da Segurança”, a regulamentação da reforma tributária, o imposto de renda, o orçamento do próximo ano e o andamento da CPMI do INSS.

Segundo o cientista político Eduardo Grin, professor da Fundação Getulio Vargas, a pressão por respostas rápidas à violência deve impulsionar a votação de propostas relacionadas à segurança pública. “Nos próximos dias, começando pela denúncia do caso do PCC, vai crescer a discussão da PEC da Segurança. Caiu de maduro já, e acho que o governo vai aproveitar pra botar isso na pauta. Vai ser difícil o Congresso resistir, então o assunto ganha relevância nesse momento”, afirma.

Tributação e orçamento em disputa

A reforma tributária segue no centro das negociações, com foco na regulamentação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e na composição do comitê gestor, que ainda gera impasses. Também entra em discussão a proposta de mudanças no imposto de renda, com disputas entre governo e oposição sobre a taxação de setores específicos. O Planalto tem pressa, já que precisa aprovar o texto até o fim de setembro para usar a medida como trunfo político em 2026.

Outro ponto de atenção é o orçamento de 2026. Parlamentares pressionam para acelerar a votação e garantir liberação antecipada de emendas, fundamentais para suas campanhas no próximo ano.

CPIs, PECs polêmicas e crimes digitais

A pauta também inclui a CPMI do INSS, que a oposição pretende utilizar como instrumento de desgaste do governo, e o debate sobre a chamada “PEC da blindagem”, que perdeu força após a repercussão de denúncias envolvendo políticos e esquemas de lavagem de dinheiro.

Além disso, deve avançar a análise de propostas voltadas ao combate a crimes digitais e ao uso das redes sociais para disseminação de conteúdos ilegais. Para Grin, o tema ainda exige ajustes.

“É um projeto que merece discussão, detalhamento, deixar mais claro como vai se dar a punição de quem cometer crime pela internet. Essa coisa do ECA digital e das redes sociais deve permanecer no radar do Congresso nos próximos dias”, avalia.

Related posts

Senado aprova projeto contra adultização de crianças na internet

Motta anuncia Comissão Geral para debater Reforma Administrativa

Congresso inicia semana com CPMI do INSS, mudanças no Imposto de Renda e debates sobre redes sociais