Metanol: Ministério da Saúde alerta para intoxicação por substância e reforça notificações imediatas

O Ministério da Saúde anunciou que profissionais de saúde devem notificar imediatamente quaisquer casos suspeitos de intoxicação por metanol ao Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). A substância, que pode estar presente em bebidas alcoólicas adulteradas ou clandestinas, é altamente tóxica e pode causar cegueira permanente e até a morte. 

O estado de São Paulo notificou 22 casos de intoxicação por metanol, sendo 7 confirmados, 15 em investigação e 4 descartados. Um óbito foi confirmado e outros 4 estão em análise. Até o momento, o total de ocorrências ultrapassa a média anual de registros no país, estimada em cerca de 20 casos. 

O Brasil conta com 32 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), referência nacional no diagnóstico e manejo de intoxicações. O tratamento para casos confirmados envolve o etanol produzido por laboratórios ou farmácias de manipulação, administrado por via oral ou intravenosa, sempre sob controle médico. Quando necessário,  o fornecimento é solicitado pelo CIAtox ou pelas secretarias de saúde.

Em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou que a notificação deve ocorrer sem aguardar o fechamento do diagnóstico, em qualquer caso de suspeita, especialmente quando houver relato de consumo de bebida alcoólica de origem desconhecida ou sem lacre confiável. 

Além disso, o ministério enviou uma nota técnica para para estados e municípios com orientações para profissionais de saúde quanto aos sinais e sintomas, manejo clínico e administração de antídotos. 

Principais sintomas de intoxicação por metanol

Os sinais podem surgir entre 12h e 24h após a ingestão, incluindo: 

  • Dor abdominal;
  • Visão adulterada; 
  • Confunsão mental;
  • Náuseas;
  • Cegueira.  

A Polícia Federal foi acionada e conduz investigações em conjunto com os órgãos de controle e vigilância, para identificar a origem das bebidas adulteradas e interditar estabelecimentos suspeitos de comercialização. 

Com informações do Ministério da Saúde 

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