Recursos repassados pelas Loterias CAIXA ao Comitê Brasileiro de Clubes serão aplicados na realização de competições nacionais até 2020.
Como resultado do sétimo edital de chamamento de projetos para desenvolvimento de esportes olímpicos, o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) começa a liberar, a partir de setembro, R$ 66,9 milhões para a realização de campeonatos organizados por 40 clubes durante o ciclo olímpico vigente, até 2020. É o primeiro edital do CBC voltado para o investimento em competições, seja para realização dos eventos ou para custeio de viagens de atletas.
Os recursos são provenientes das Loterias CAIXA por meio da Lei Pelé, e variam de R$ 185 mil a R$ 2,9 milhões para os projetos olímpicos, e de R$ 90 mil a R$ 133 mil para os projetos paralímpicos. “Pela primeira vez os clubes terão condições de contar com um calendário fixo de competições por todo o ciclo olímpico e paralímpico, o que assegura um bom planejamento para este período”, afirma o presidente do CBC, Jair Alfredo Pereira.
Os 69 projetos aprovados pelo Comitê irão resultar na realização de 248 campeonatos brasileiros interclubes ao longo do ciclo olímpico, que devem beneficiar 92 mil atletas. “Nossa expectativa é de uma grande adesão de atletas por meio de seus clubes e uma transformação da realidade do esporte de base no Brasil, que ficava sempre em segundo plano, mas que com essa ação vai passar a ser protagonista”, completa o presidente.
Somados os recursos do sexto edital, que teve R$ 84,1 milhões em convênios assinados com 30 clubes em janeiro deste ano, já são R$ 151 milhões repassados pelas Loterias CAIXA para a infraestrutura de treinamento e formação de atletas para o ciclo olímpico 2016-2020.
De acordo com o CBC, o oitavo edital está em fase de elaboração e será voltado para a aquisição de equipamentos e estrutura física para treinamentos. “O investimento em equipamentos esportivos pelos clubes proponentes dos projetos vai contribuir para a realização de mais competições, mais oportunidades de participação, mais clubes formadores entrando no sistema e mais atletas participando do processo esportivo”, avalia Pereira.
Participação da comunidade
Conhecida pelo trabalho de base que realiza com jovens atletas, a Sociedade Recreativa Mampituba, de Criciúma (SC), está entre os clubes beneficiados. A entidade foi contemplada em quatro projetos, dois olímpicos e dois paralímpicos, e vai receber mais de R$ 5,3 milhões, que serão investidos na realização de competições esportivas.
O diretor de rendimento e projetos esportivos do clube, Jorge Fernandez, explica que os campeonatos vão ampliar a participação da comunidade, o que também contribui para a própria evolução dos treinamentos. “Como essas competições vão reunir todas as categorias, elas também darão a oportunidade para crianças mais novas terem acesso aos eventos”, diz o diretor.
No clube de Criciúma, os projetos contemplam as modalidades tênis de mesa convencional e paralímpico, tênis de campo e paratriathlon. Jorge afirma que a expectativa é que o acesso ao esporte seja mais democratizado. “São modalidades que as pessoas não assistem na TV. A expectativa é enorme, não só na formação, mas também da comunidade ter acesso a esse tipo de competição”.
