Chega um momento na vida, em que a gente para um pouco no tempo e começa a fazer um balanço, uma retropesctiva e descobre porque algumas coisas começam à mudar, de um certo tempo pra cá.
Não somos mais os mesmos, começamos à deixar de gostar de algumas coisas, desapegar de outras, ficar mais sensíveis, menos pacientes em determinados momentos.
Começamos de alguma forma imperceptível até à nós mesmos, a nos despedirmos de coisas e pessoas próximas à nós, começamos até mesmo a gostar de outras coisas, que talvez antes nem lembrávamos que existiam.
Chega um momento na vida em que a gente olha pra trás, depois pra frente e já não consegue mais distinguir uma coisa da outra, já não sabe mais separar o passado do pesente, muito menos imaginar o futuro.
É quando não fazemos mais planos, deixamos de sonhar muitos sonhos, acreditar esperar ou apostar em muitas coisas, chega um momento na vida, em que já não saboreamos mais com a mesma intensidade, aquele nosso prato preferido, aquela música do passado que tanto curtimos um dia.
Chega um momento na vida, em que começamos a ver o fim, em coisas que talvez nem tenhamos começado.
É nesse momento que realmente chegamos à conclusão de que, se não já não temos mais tanta estrada para caminhar, pelo menos um pouco deve ter valido a pena, o que caminhamos até aqui.
Por: Ranil José