A partir de sábado, 2,6 mil militares estarão nas rodovias federais de 19 estados colhendo informações que ajudarão a definir prioridades na gestão do setor. Nas três primeiras etapas, foram ouvidos 1 milhão de motoristas e contados 12,7 milhões de veículos.
Nos dias 18 a 24 de novembro, o Dnit voltará às rodovias federais para realizar a quarta e última etapa da edição 2017 da Pesquisa de Origem e Destino, que tem por objetivo traçar um diagnóstico socioeconômico das viagens nas estradas brasileiras. O levantamento, realizado em parceria com o Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro (Coter), é uma ação estratégica do Plano Nacional de Contagem de Tráfego (PNCT). O resultado da pesquisa completa será divulgado até o julho de 2018.
A Pesquisa teve início no ano passado, com a coleta das informações divididas em quatro etapas. Nas três primeiras etapas, 1,01 motoristas foram entrevistados e 12,7 milhões veículos foram contados. Na primeira fase, realizada em junho de 2016 em 60 postos distribuídos pelo país, foram entrevistados 214 mil condutores e contados 3,5 milhões de veículos. Na segunda etapa, em novembro de 2016, também em 60 postos, a pesquisa contabilizou 297 mil entrevistas e 2,3 milhões de veículos. Já na terceira etapa, realizada em julho deste ano, a pesquisa ouviu mais de 500 mil condutores, além de contabilizar 6,9 milhões de veículos em 117 postos nas cinco regiões do país.
Desta vez, as coletas das informações acontecerão simultaneamente em 66 postos distribuídos nas rodovias brasileiras e a expectativa é que 250 mil condutores sejam entrevistados. Cerca de 2,6 mil militares do Exército estarão nos postos das rodovias de 19 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. O questionário, aplicado aos motoristas de veículos de passeio e de carga, será feita por amostragem, de forma aleatória, por tipo de veículo, e a participação dos usuários é voluntária.
Ao final desta etapa, os dados coletados serão compilados e analisados pelas equipes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para que o Dnit possa identificar as principais rotas utilizadas pelos usuários, os principais gargalos das rodovias federais, e priorizar os instrumentos de gestão para melhorias no setor, como apontar as estradas que devem ter prioridade nos projetos de pavimentação, manutenção ou duplicação.
DADOS – A partir de entrevistas com os condutores que transitam nas rodovias federais, serão levantadas informações como: tipo de carroceria, ano de fabricação do veículo, número de passageiros, tipo de combustível, motivo de escolha da rota, motivo de viagem, carga transportada.
Para a coleta dos dados, os militares vão utilizar tablets adquiridos pelo DNIT. Depois da aplicação da Pesquisa OD, os equipamentos ficarão à disposição dos servidores de todas as superintendências regionais e unidades locais para auxílio nos trabalhos de campo nas rodovias.
A metodologia para consolidação dos dados e a aplicação de um modelo matemático, que permitirá o cálculo do tráfego para toda a malha rodoviária, serão responsabilidade da UFRJ.
Com informações do DNIT