O uso do cerol e da linha chilena provoca mortes e transtornos para moradores de Minas Gerais. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, mais de 250 mil unidades de consumidores, entre comércio e casa, ficaram sem luz em decorrência do problema. Foram 691 interrupções de fornecimento de energia registradas pela Cemig no Estado.
Além da falta de energia, o cerol mata e fere. Nos sete primeiros meses de 2018, o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, atendeu 22 vítimas. Em 2017, em todo o ano, foram 25 atendimentos.
As aves também são vítimas da mistura de cola com vidro. Na última quinta-feira (26), uma águia carcará teve uma asa cortada por uma linha com cerol no Bairro Xangrilá, na Região Pampulha, em Belo Horizonte.
A utilização do cerol ou de linha chilena foi proibida há 15 anos no Estado. Lei de julho de 2002 prevê multa de até R$ 1.500 para quem portar o material. Além disso, segundo a Polícia Civil, o Código Penal qualifica o uso como crime passível de prisão.