Nove agentes prisionais foram afastados de suas obrigações após serem acusados de torturar um homem que deu entrada na Penitenciária de Três Corações, no Sul de Minas.
O criminoso teria dito que foi preso apenas por roubo, omitindo o estupro, outro motivo que o levou para a prisão.
A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirmou que os agentes foram denunciados à justiça e afastados do trabalho.
De acordo com o órgão, o caso aconteceu em janeiro deste ano, mas as investigações ainda estavam sendo feitas pela 6ª Promotoria de Justiça de Execução Penal e Direitos Humanos.
Para apreender os suspeitos, nesta quinta-feira (02), uma operação foi montada na cidade, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os mandados de busca e apreensão foram realizados nas casas e trabalho dos suspeitos.
O crime foi descoberto quando o promotor de justiça Éric de Oliveira esteve na unidade prisional e recebeu uma carta de um dos detentos que denunciava a agressão dos agentes.
O promotor determinou que a vítima fosse à sala de audiência. Lá, Éric percebeu que o homem estava lesionado nas pernas.
Para confirmar se a vítima havia sofrido violência, o promotor analisou as imagens das câmeras da unidade. As filmagens mostraram os agentes retirando o criminoso da cela, levando-o para uma área onde não havia monitoramento, e sete minutos depois voltando com o criminoso mancando.
A partir destas informações, o promotor instaurou um procedimento de investigação criminal.
Agora os agentes respondem a um processo e pelo crime de tortura, com pena de até oito anos, mas podendo ser elevada pelo fato de serem servidores públicos.
A/M