Dos mais de 12 milhões de brasileiros que estão desempregados, 24% estão nesta condição há pelo menos dois anos, o que representa mais de 3 milhões de pessoas. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são os maiores da história da pesquisa, que é realizada desde 2012.
Em comparação com o primeiro trimestre de 2018, houve um aumento e 238 mil pessoas que estão sem ocupações formais ou informais há mais de dois anos. A pesquisa aponta ainda que, desde o início da crise econômica, em 2014, o número de pessoas nessa situação cresceu 162%.
Do total de desempregados no país, a maior parte, representada por 6 milhões de pessoas, ainda estão à procura de trabalho há mais de um mês e a menos de um ano. Já 1,8 milhão estão desempregados entre um e dois anos e outros 1,9 milhão estão na condição há menos de um mês. No entanto, o estudo divulgou que 4,8 milhões desistiram de procurar emprego.
Por outro lado, a taxa geral de desemprego caiu para 12,4%. Os dados do IBGE com base no primeiro trimestre do ano mostravam a taxa dos sem ocupação em 13,1%. Entretanto, a pesquisa aponta que a geração de postos informais de trabalho é a responsável pela diminuição do desemprego, além disso, o número de trabalhadores com carteira é o menor já registrado pelo instituto de pesquisa.
Ao todo, são 27,6 milhões de brasileiros que estão em condição considerada “subutilizados”. O valor representa mais de 24% dos trabalhadores de todo o país. O grupo de informalidade reúne aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais, os desempregados, os que desistiram de ocupar emprego e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
A/M