Nove candidatos concorrem ao governo de Minas conheça as principais ideias de cada um deles

Nesta quinta-feira (16) inicia, em todo o país, seguindo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as campanhas eleitorais. O dia de ontem (15) foi marcado pela apresentação dos pedidos de registro dos partidos aos Tribunal Eleitorais e a população já conhece, oficialmente, os representantes escolhidos pelas legendas.

Ao cargo de governador de Minas, são nove candidatos: Antonio Anastasia (PSDB), Fernando Pimentel (PT), Marcio Lacerda (PSB), Romeu Zema (Novo), João Batista Mares Guia (Rede), Dirlene Marques (PSOL), Jordano Carvalho (PSTU), Claudiney Dulim (Avante) e Alexandre Flach (PCO).

Apesar de o PSB de Minas ter apresentando o pedido de registro da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, sua situação apenas será definida na Justiça.

O TSE deve julgar, ainda hoje, a validade da convenção da legenda que confirmou o nome de Lacerda.

O imbróglio ocorre por uma união firmada entre as bases nacionais do PT e PSB, que acertaram um acordo que envolve a neutralidade na disputa pela presidência da República e apoio ao candidato petista e atual governando de Minas, Fernando Pimentel.

Lacerda disse que espera utilizar sua experiência à frente da vida política para contornar os problemas enfrentados pela população mineira. Ele disse que é necessário ter conhecimento das mais diferentes necessidades de todas as regiões do estado. Ele alegou ainda que o crescimento econômico é uma das maneiras de contornar a falta de dinheiro em caixa e citou o programa de “ajuste fiscal”, proposto pela União.

Fernando Pimentel (PT) tenta ser reeleito ao cargo de governador do estado. O petista, em todos os seus pronunciamentos até aqui, ressaltou apoio ao ex-presidente Lula e disse que também se vê vítima de um golpe com “perseguições e processos injustos”. Ele assumiu que o estado passa por um problema financeiro e que o atraso no pagamento dos salários dos servidores é um problema recorrente, mas que não irá vender “as riquezas de Minas a preço de banana”, disse criticando as propostas de privatização de estatais.

Com passagem pelo governo de Minas entre 2010 e 2014, o tucano Antonio Anastasia enfatiza que Minas precisa de uma gestão responsável. Ele ressaltou seus 35 anos na vida pública e que o objetivo principal da sua gestão será colocar o estado em equilíbrio fiscal, “para que tenha condição de pagar o salário em dia dos seus servidores, dos fornecedores e tenha condições de prestar serviços públicos de qualidade”. A ausência de repasses aos municípios também foi citada pelo candidato.

O candidato do Novo, o empresário Romeu Zema, criticou o tempo em que PT e PSDB vem se revezando no governo (o último candidato não petista ou tucano que assumiu o chefe do Executivo estadual foi Itamar Franco, que assumiu no ano 2000 e era coligado ao PMDB). O candidato afirmou que as duas legendas nunca se preocuparam com despesas e eficiência da máquina pública. Ele disse que espera superar a crise econômica de Minas com o corte de cargos comissionados e secretárias. Zema assumiu ainda o compromisso de apenas aceitar receber o salário quando todos os funcionários do estado estiveram com os vencimentos em dia.

O Claudiney Dulim (Avante) criticou a corrupção e alegou que a falta de gestão é uma das principais dificuldades enfrentadas hoje pela área da saúde. Ele também culpou o tempo em que os tucanos e petistas permaneceram à frente do poder em Minas. Segundo ele, “o estado tem que fazer os repasses aos municípios mas está se apropriando dos recursos.

A professora Dirlene Marques (PSOL) tem a base dos seus projetos a inclusão social e disse que é preciso desburocratizar o acesso à cultura no estado. Uma das propostas da candidata é criar um sistema de bolsas, para que jovens de periferia, pequenos centro urbanos e de regiões mais distantes da capital possam “resolver suas capacidades”.

O metalúrgico Jordano Carvalho (PSTU) confirmou sua candidatura e garantiu que “Minas precisa de uma rebelião da classe trabalhadora e do povo pobre”. De acordo com o candidato, ele é um representante do povo e que vai representar os direitos de quem não está à mercê de “baixos salários, cotidiano de miséria, desemprego e violência”. Ele criticou ainda o controle que as mineradores têm no estado. “Precisamos de uma rebelião que coloque um fim na festa das mineradoras, que ponha as riquezas do Estado a serviço da melhoria de vida dos trabalhadores e da população mais pobre.

O sociólogo e ex-secretário da Educação João Batista Mares Guia (Rede) foi um dos últimos nomes apresentados ao Palácio da Liberdade. Ele é mais um dos que crítica as últimas gestões do governo estadual, principalmente a atual, de Fernando Pimentel. Entre suas principais propostas, está o fim do escalonamento do salário dos servidores públicos e o pagamento do piso salarial para os professores.

O advogado Alexandre Flach, candidato do Partido da Causa Operária escolheu o representante que defenda os interesses da população pobre. A legenda espera ter na especialidade do candidato, a área do direito, um diferencial para a representatividade do trabalhador.

A/M

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