No trimestre terminado em agosto, a população desocupada no Brasil diminuiu em 529 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, somando 12 milhões e 700 mil desocupados, uma redução de 0,6 ponto percentual.
No entanto, o período apresentou o maior número de subocupados de toda a série histórica, desde 2012, ou seja, aquelas pessoas que trabalham menos horas do que gostariam ou estariam disponíveis, somando 6 milhões e 700 mil brasileiros.
Os dados são da Pnad Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando uma taxa de desocupação de 12,1% no Brasil frente aos 12,8% do trimestre anterior.
Os dados não revelam uma recuperação do mercado de trabalho, como explica Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A ocupação cresceu 1,3% em relação ao trimestre terminado em maio e 1,1% se comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.
A população subutilizada ficou em 27,5 milhões de pessoas, que incluem os subocupados e também os desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego. Os desalentados somam 4.8 milhões de pessoas, 600 mil a mais do que em 2017.
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE destaca outro indício de que o mercado de trabalho ainda é frágil, o aumento do trabalho doméstico.
O número de trabalhadores por conta própria cresceu 1,5% no trimestre terminado em agosto e 1,9% em relação à 2017.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas registro queda de 444 mil pessoas na comparação com o ano passado.
Já o número de trabalhadores no setor privado sem carteira de trabalho subiu 4% em relação ao mesmo trimestre de 2017.
A/M