A Polícia Civil divulgou detalhes da Operação Infância Reavida, realizada ontem (31), com objetivo de coibir crimes de exploração sexual infantil em Minas Gerais, por meio do compartilhamento e armazenagem de arquivos com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na Capital Mineira, e em cidades do interior de Minas.
A operação teve 10 prisões em flagrantes, sendo seis na Capital Mineira e as outras quatro em Betim, Nova Lima, Ipatinga, e em Barbacena, na Região Central do estado. Foram apreendidos computadores, celulares, tablets, discos rígidos (HD), CDs, DVDs, filmadoras e notebooks. Os outros quatro mandados não houveram presos pois os suspeitos não foram localizados.
Entre um dos suspeitos estava um médico, de 36 anos, em que foram constatadas 33 mil imagens compartilhadas em um ano. Na casa dele foram achadas várias fotos do médico fazendo sexo com adolescente na sua própria casa.
Ele confessou que usava câmera escondida durante exames de imagens nas pacientes sem que elas soubessem. A Polícia Civil ainda vai apurar em quais clínicas ele atendia e se houve estupro de vulnerável e importunação ao pudor.
Também foram presos um sargento militar reformado e um cabo militar. Um dos policiais fez mais de 8 mil compartilhamentos. Os suspeitos compartilharam de 600 a mais de 30 mil imagens num período de seis meses a um ano.
A delegada Isabella Franco Oliveira informou que as penas variam de três a oito anos de prisão, dependendo do crime, e se for configurado estupro de vulnerável, o autor pode pegar de oito a 15 anos de prisão. “Nada que é feito pela internet fica escondido, tudo é rastreado”, completa a chefe da Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e Adolescente (Dopcad).
A/M