O mundo enfrenta um surto de sarampo devido a falhas na cobertura de vacinação.
A conclusão é da OMS, Organização Mundial da Saúde, que divulgou novo relatório sobre o tema.
Segundo a entidade ligada às nações unidas, os surtos ocorreram em todas as regiões no planeta e causam uma média de 110 mil mortes por ano.
Segundo o relatório da OMS, mais de 21 milhões de vidas foram salvas pela vacina contra a doença, mas mesmo assim, as notificações aumentaram em mais de 30% no mundo, de 2016 para cá.
Os maiores surtos de 2017 foram registrados nas Américas, no Mediterrâneo Oriental e Europa. A incidência da doença diminuiu somente no Pacífico Ocidental, leste da Ásia e Oceania.
A OMS relatou que, durante vários anos, a cobertura global com a primeira dose da vacina contra o sarampo parou em 85%. Mas, para evitar surtos é preciso o mínimo de 95% de cobertura. A cobertura da segunda dose é de 67%, em todo o mundo.
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 10.163 casos de sarampo, do início do ano até a última terça-feira, 27 de novembro.
O país enfrenta, atualmente, dois surtos da doença: no Amazonas, com mais de nove mil casos confirmados, e em Roraima, com 347 casos. As mortes causadas pelo sarampo somam 12 e foram registradas nos estados de Roraima, Amazonas e Pará.
O sarampo é uma doença grave e com alto poder de contágio.
Pode provocar diversos efeitos no organismo, como diarreia, desidratação grave, pneumonia, infecções de ouvido, perda da visão, inchaço no cérebro e a morte. As pessoas mais vulneráveis à doença e aos casos de morte são bebês e crianças com desnutrição e sistema imunológico frágil.
Para evitar o contágio, é importante garantir as duas doses da vacina contra o sarampo, a tríplice viral. Segundo o Ministério da Saúde, as doses são ofertadas nos postos de saúde de todo o país pelo SUS, Sistema Único de Saúde.
A/M