Oposição pode travar aprovação de mudança na Constituição para retirar referendo popular
Em comunicado oficial feito na última terça-feira (26), a Copasa informou que o Governo de Minas está autorizado a realizar a consulta para contratação de serviços técnicos visando à implementação do processo de desestatização.
A informação é de que a Copasa vai realizar a contratação de um serviço de auditoria para realizar o processo de desestatização.
Para que o processo será ainda mais ágil, o governador Romeu Zema afirmou que pretende mudar a constituição do estado. Atualmente para realizar a venda de uma empresa estatal, o governo precisa realizar um referendo popular.
Para que essa alteração seja feita, o governo precisa da aprovação de um projeto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Para que isso aconteça, o projeto deve ser aprovado por pelo menos 48 deputados.
Em transmissão, no canal Genial Investimentos, o governador afirmou que no meio do ano o estado deve passar por grandes reformas estruturais.
A retirada do referendo popular, na opinião do governador, é por conta da complexidade e ainda por conta do apego da população na Cemig e na Copasa.
O executivo já afirmou que pretende implementar o Regime de Recuperação Fiscal no estado, porém para que a adesão seja feita, as empresas estatais precisam ser vendidas.
População é contra
Levantamento divulgado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) em outubro do ano passado perguntou aos mineiros a opinião sobre a venda da Cemig e da Copasa e a maior parte afirmou ser contra. O estudo realizado em parceria com a MDA Pesquisas revelou que 45,9% dos mineiros é contra a venda da Copasa e 37,4% era a favor. Sobre a Cemig, o número de pessoas contra a venda é ainda maior. Os dados apontam que 47,7% é contra e 36,2% é a favor.
Oposição pode travar aprovação na ALMG
André Quintão (PT), líder da oposição na Casa afirma que há formas de tornar a Copasa mais eficiente sem precisa vender a empresa. O deputado garantiu que a aprovação do projeto para alteração na Constituição deve enfrentar dificuldades na Assembleia.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM