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Pela segunda semana consecutiva, a região Sul do país apresentou as maiores taxas de casos confirmados e óbitos em decorrência da Covid-19. Juntos, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina tiveram aumento de 36% nas mortes e 8% nos registros de coronavirus. É o que aponta o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, apresentado em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira (15).
O Rio Grande do Sul é o local que apresenta o maior crescimento de óbitos na última semana entre os três estados que compõem o Sul brasileiro – aumento de 42%, frente a 36% do Paraná e 29% de Santa Catarina.
A região Centro-Oeste também registrou avanço significativo da Covid-19 na última semana epidemiológica. Houve 26% de aumento nas mortes e 6% nos casos confirmados. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste tiveram redução nas duas taxas, enquanto o Sudeste do país teve queda de 3% nas mortes por coronavírus.
De acordo com o Governo Federal, em dados gerais do Brasil, até o momento são 1.996.748 casos da Covid-19 e 75.366 mortes. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos no ranking mundial. Na evolução das mortes por semana epidemiológica, no entanto, o Brasil fica à frente do país norte-americano, com média de pouco mais de sete mil óbitos por semana.
Avanço
Os dados do Ministério da Saúde apresentados nesta quarta-feira (15) confirmam a tendência de interiorização da Covid-19 registrada em território nacional nas últimas semanas. O coronavírus está presente em 97,4% dos municípios brasileiros, em um total de 5.428 cidades. Os óbitos, no entanto, foram notificados em 55% das localidades (3.056 municípios).
“Quando abrimos esse dado por intervalo de casos confirmados, entre municípios que tem apenas um caso confirmado, ou dois até cem casos, representa um total de 3.650 municípios, o que perfaz 67% dos municípios com casos confirmados”, explica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros.
SRAG
A pasta da Saúde apresentou ainda dados sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Das mais de 404 mil hospitalizações por SRAG, 47,4% (191.466) foram confirmadas como coronavírus. Mais de 50% das internações foram de pessoas acima de 60 anos, consideradas pelas autoridades de saúde como um dos grupos de risco da Covid-19.
Em relação às comorbidades, cardiopatia, diabetes e doença renal seguem no topo da lista dos fatores de risco. Segundo o governo federal, 61% das pessoas internadas por SRAG apresentavam pelo menos uma comorbidade.
GIRO DE NOTÍCIAS / Agência do Rádio