Greve nos Correios tem adesão de mais funcionários no Vale do Aço

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O protesto foi realizado em frente à unidade dos Correios, localizada no Centro de Ipatinga Nesta quarta-feira (26), funcionários dos Correios, que estão em greve, realizaram um protesto em frente à agência da empresa localizada na avenida João Valentim Pascoal, no Centro de Ipatinga. O movimento grevista teve início na cidade no começo desta semana e vem ganhando adesão de mais funcionários. Participantes do movimento informaram ao Diário do Aço que a estimativa de funcionários em greve, até então, é de 49, dos quais, dois da unidade de Coronel Fabriciano, 14 de Timóteo, 13 do Centro de Entrega de Encomendas (CEE) em Santana do Paraíso, oito da unidade de Ipatinga (Centro) e 12 da unidade na Intendente Câmara (bairro Bethânia).

Reivindicação

A greve por tempo indeterminado, dos funcionários dos Correios, tem como motivação a retirada de direitos, o anúncio da privatização da empresa pública federal e a ausência de medidas para proteger os empregados durante a pandemia de covid-19, conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect).Em nota, a federação afirma ter sido surpreendida com a revogação, a partir de 1º de agosto, do atual acordo coletivo, cuja vigência vai até 2021. Segundo a entidade, 70 cláusulas com direitos foram retiradas, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, auxílio para filhos com necessidades especiais, dentre outros.

Dissídio Coletivo de Greve

Tendo em vista não haver acordo com as entidades representativas, os Correios ajuizaram, na terça-feira (25), o Dissídio Coletivo de Greve no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Isso ocorreu após a empresa ter tentado negociar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021 com as entidades representativas, que não teve êxito. Em nota, os Correios ressaltam que os vencimentos de todos os empregados seguem resguardados e os trabalhadores continuam tendo acesso, por exemplo, ao benefício auxílio-creche e aos tíquetes refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador. “Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionais.

A paralisação parcial da maior companhia de logística do Brasil, em meio à pandemia da covid-19, traz prejuízos financeiros não só aos Correios, mas a inúmeros empreendedores brasileiros, além de afetar a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade”, citou. Os Correios também informaram na nota que têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT para os empregados. “A empresa aguarda o retorno dos trabalhadores que aderiram ao movimento paredista o quanto antes, cientes de sua responsabilidade para com a população, já que agora toda a questão terá seu desfecho na justiça”, concluiu a nota.

Postado originalmente por: Diário do Aço / AM

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