Criada por dom João VI, instituição foi consumida por incêndio em 2018
O Museu Nacional já conseguiu captar cerca de R$ 245 milhões para as obras de reconstrução, após o incêndio ocorrido em 2018. Isso corresponde a 65% dos cerca de R$ 379 milhões estimados para a recuperação do Palácio Histórico, situado na zona norte carioca.
A previsão de gastos inclui, além do prédio principal, o anexo, os jardins e a biblioteca central, além da construção de um novo campus de pesquisa e ensino, assim como o projeto museográfico.
De acordo com a reitora da UFRJ, instituição a qual o museu é vinculado, Denise Pires, os reparos na fachada e na cobertura do palácio devem começar nos primeiros meses de 2021, já que precisaram ser adiados com a pandemia do novo coronavírus. Também serão iniciadas as atividades acadêmicas no novo campus.
Caso a totalidade dos recursos seja aportada e o projeto siga o cronograma previsto, todas as partes do museu serão entregues completamente reconstruídas até 2026.
Quando o incêndio ocorreu, em setembro de 2018, além da destruição do palácio histórico, também houve grandes danos ao acervo de milhões de peças para exibição e estudos. Mas, ao longo do processo de rescaldo, uma parte desse acervo foi resgatada, e o trabalho de garimpagem está sendo finalizado, de acordo com o diretor do museu, Alexander Kellner.
Mesmo com o desafio de restaurar o acervo, Kellner espera retomar o projeto educacional do Museu no próximo ano, assim que a pandemia permitir, voltando a receber visitas de estudantes, uma das grandes marcas da instituição antes do incêndio.
O Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do país, criada em 1818 por dom João VI e, posteriormente, transferida para o palácio centenário na Quinta da Boa Vista, que foi residência da família real brasileira.
Além do trabalho de divulgação, a instituição também é um dos principais centros de pesquisa em ciências naturais do país.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM