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Anvisa autoriza Regkirona, novo medicamento contra Covid-19, de uso restrito a hospitais

por Barbacena em Tempo
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Regkirona foi autorizado para uso emergencial no Brasil, mas não tem caráter preventivo e nem pode ser utilizado fora dos hospitais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial de um novo medicamento contra a Covid-19. O medicamento Regkirona (regdanvimabe) é um produto injetável e de uso restrito a hospitais, produzido em laboratórios para reproduzir anticorpos que ajudam o organismo no combate à doença. Esse é o quarto medicamento autorizado no Brasil para tratamento do novo coronavírus, sendo o terceiro em uso emergencial.

“Esse medicamento autorizado agora pela Anvisa, para utilização em pacientes internados por Covid, é mais um dos medicamentos do grupo dos anticorpos monoclonais, que é uma tecnologia mais nova. É um medicamento, vamos dizer assim, biológico, que ajuda o organismo a não desenvolver o quadro de complicação da Covid, os quadros que levam aos casos mais graves”, explica Carla Pintas, docente do curso de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB).

A diretoria da Anvisa avaliou que os resultados dos ensaios clínicos com os anticorpos monoclonais, do tipo “mabes”, mostraram uma redução dos danos pulmonares, diminuição da presença de vírus no sangue e do risco de hospitalização. Esses resultados fizeram com que outras agências reguladoras no mundo também aprovassem o uso, como a norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e a europeia European Medicines Agency (EMA).

“É uma medicação de uso restrito ao hospital. Não tem como adquirir esse medicamento na farmácia, ele é de indicação médica. É mais um componente que a gente tem dentro da estrutura hospitalar, dentro do atendimento de saúde hospitalar, para atender as pessoas com Covid-19. É um avanço importante, mas temos que lembrar que isso não diminui e não retira as obrigatoriedades que temos que ter com relação à Covid-19”, alerta Carla Pintas.

Indicações

O Regkirona é indicado para o tratamento de quadros de infecção por Covid-19 em situações leves e moderadas, em pacientes adultos, que não necessitam de suplementação de oxigênio e que apresentam alto risco de progressão para a doença em sua forma mais grave. A bula do medicamento traz que há alto risco para pacientes que façam parte de um desses grupos:

  • Índice de massa corporal (IMC) ≥35
  • Doença renal crônica
  • Diabetes
  • Doença imunossupressora
  • Em tratamento imunossupressor no momento
  • Com 65 anos de idade ou mais
  • Com 55 anos de idade ou mais e tenham doença cardiovascular ou hipertensão; ou doença pulmonar obstrutiva crônica ou outra doença respiratória crônica

O remédio não é indicado para uso em pacientes que estejam hospitalizados devido a complicações da Covid-19, necessitem de oxigenoterapia devido à doença e necessitem de um aumento na taxa de fluxo de oxigênio basal devido à Covid-19, por exemplo.

“Ou seja, é uma nova medicação à disposição da equipe de saúde no hospital. Ela é importante porque melhora a sobrevida do paciente, evitando aí as complicações indesejadas da Covid”, pontua a especialista da UnB. Carla ainda ressalta que o medicamento não é usado para prevenir a doença, assim como também pontua Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

“Ele é um anticorpo monoclonal. Não é para prevenção caso adquira a Covid-19, e sim para tratar a doença, em casos leves a moderados que não necessitem de oxigênio. Ele tem uma indicação específica. Enquanto não temos realmente um antiviral específico, temos que tratar pacientes com Covid com essas terapias auxiliares. E volto a lembrar que a vacina ainda continua sendo a melhor arma para prevenirmos a doença.”

Quarta aprovação

Esse é o quarto produto autorizado pela Anvisa para o combate à Covid-19 no Brasil. A agência já havia registrado um medicamento e autorizado, de forma emergencial, duas associações de anticorpos monoclonais. São eles:

  • Rendesivir: registrado em 12 de março
  • Associação dos anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe: autorizada para uso emergencial em 20 de abril
  • Associação dos anticorpos banlanivimabe e etesevimabe: autorizada para uso emergencial em 13 de maio

GIRO DE NOTÍCIAS / Brasil 61 / Agência do Rádio

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