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Com a publicação da Deliberação CIB-SUS/MG Nº 3.610 na edição do Jornal Minas Gerais desta sexta-feira (12/11), entra em vigor a redução no intervalo de aplicação do reforço da vacina contra a covid-19 no estado, que passa a ser de cinco meses após a conclusão do esquema vacinal.
Até então, esse prazo era de seis meses. A medida, aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite, que reúne representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e dos municípios, foi anunciada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva realizada no mesmo dia da publicação.
“Nós avaliamos o cenário e, tendo em vista a preocupação com o público idoso, que precisa do reforço, implementamos a redução desse prazo para cinco meses. Isso faz com que muitas pessoas, sobretudo aquelas que tomaram a vacina da AstraZeneca, por conta do intervalo maior para a segunda dose desse imunizante, possam tomar o reforço ainda este ano. É uma medida que deve contribuir para que seja ampliada a proteção a essas pessoas”, analisou o secretário.
A redução consistente do número de óbitos na população idosa indica a importância da estratégia de vacinação com a dose de reforço, afirmou Baccheretti. “A expectativa é concluir o reforço em todo o público prioritário no começo de 2022, em janeiro ou fevereiro. Mas, para isso, as pessoas devem buscar a dose de reforço”.
Em sua apresentação, o secretário também fez um apelo para que pessoas que estejam com a segunda dose do imunizante em atraso procurem o quanto antes uma unidade de saúde. “Quem não tomou a segunda dose, que busque essa vacinação. O esquema completo é necessário para garantir a proteção contra a doença. Com cada um fazendo sua parte, poderemos ter mais condições de retorno à normalidade”, comentou Baccheretti.
Máscaras
Outro ponto abordado pelo secretário foi a possibilidade de flexibilização do uso de máscaras. Segundo Baccheretti, a SES-MG iniciou discussão dos critérios técnicos que serão necessários para que a medida possa ser adotada, sobretudo em locais abertos e arejados. “Temos que verificar qual o ponto de vacinação que traz segurança para uma desobrigação do uso. Devemos ter uma norma que vai levar em conta o nível de vacinação dos municípios e, possivelmente, ter a definição sobre esses critérios ainda este ano”, afirmou o secretário, que descartou a possibilidade de dispensa da proteção facial em locais fechados.
Adesão
De acordo com o secretário, a população mineira tem aderido à vacinação contra a covid, o que produz boas coberturas vacinais. “É diferente do que nós verificamos em alguns países da Europa, por exemplo. Nós estamos com mais de 30 milhões de vacinas aplicadas, tendo ocorrido uma boa aceleração nos últimos meses e manutenção do ritmo”, explicou.
Baccheretti também comemorou os baixos níveis de ocupação de leitos por pacientes com covid, de forma geral. “Isso demonstra que o vírus está circulando em níveis mais reduzidos. Temos atualmente dois meses de onda verde, com todas as 89 microrregiões de saúde no estado nessa faixa de menor grau de restrição”, pontuou o secretário, citando dados recentes sobre a epidemia no estado. “Nos últimos 14 dias, 427 municípios apresentaram até 50 casos por 100 mil habitantes, o que é considerado uma baixa incidência. Além disso, conforme números inseridos pelos municípios nos sistemas de informação, 606 municípios não apresentaram óbitos no último mês”, complementa.
Recebimento de vacinas
O secretário também anunciou a chegada, nesta sexta-feira (12/11), de 188.250 doses de vacinas AstraZeneca/Fiocruz, que serão utilizadas para conclusão do esquema vacinal em municípios. “Com essa remessa, nós temos a expectativa de suprir a necessidade indicada pelas secretarias municipais para aplicação de segunda dose”, explicou Baccheretti, lembrando que esta semana o estado já recebeu também 545.160 doses de imunizantes da Pfizer.
GIRO DE NOTÍCIAS / AM