Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, afirmou que a saúde do fígado também impacta no desenvolvimento do Alzheimer.
Os cientistas analisarem os níveis de plasmalogênios em pessoas que tinham algum comprometimento cognitivo. Os plasmalogênios são uma espécie de fosfolipídios que são produzidos no fígado e desempenham papéis importantes na manutenção da saúde das células cerebrais.
Os pesquisadores coletaram amostras de sangue de mais de 1.600 pessoas. Os voluntários variavam de pessoas diagnosticadas com a doença com comprometimento cognitivo leve, alguma perda de memória e cognitivamente normais.
Por meio da comparação dos fluídos corporais dos participantes, a equipe percebeu que valores mais baixos de vários plasmalogênios diferentes, incluindo aqueles contendo ácidos graxos ômega 3, correspondiam a um risco maior de desenvolver Alzheimer e comprometimento cognitivo leve.
Os pesquisadores também observaram que níveis mais baixos de certos plasmalogênios pareciam estar ligados a níveis elevados da proteína Tau, que é uma característica da doença de Alzheimer.
Mitchel Kling, um dos autores do estudo, afirma que existe uma relação entre condições como obesidade e diabetes e a doença de Alzheimer, já que nessas doenças, o fígado tem que trabalhar mais.
Kling também ressalta que os cientistas ainda estão no início da descoberta de como o fígado, os lipídios e a dieta estão relacionados com a doença de Alzheimer.