Faleceu nessa segunda-feira (27), o radialista Zé Béttio, aos 92 anos. Ele morreu durante a madrugada, enquanto dormia em sua casa no bairro Horto Florestal, na zona norte de São Paulo.
O corpo do radialista foi sepultado ontem, no Cemitério do Horto Florestal, sem a participação da imprensa. Conforme informações do filho de Zé Béttio, Homero Béttio, a família atendeu ao pedido da mulher para que o marido fosse enterrado com total discrição.
Neste momento de consternação, a Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) deseja condolências a todos os familiares e amigos do radialista. Além disso, a entidade reconhece o valor que Béttio tem para um dos veículos de comunicação mais importantes do mundo: o rádio.
Trajetória profissional
O radialista começou sua carreira artística como sanfoneiro e depois participou do trio Sertanejos Alegres. Eles se apresentavam no interior de São Paulo e Paraná. Depois disso, ele criou o grupo Zé Béttio e seu Conjunto, que se apresentava em concursos de rádios, a grande vitrine artística da época.
Na rádio Difusora de Guarulhos, Zé Béttio se tornou locutor, por acaso. Na época, ele havia assumido o microfone para ler um anúncio publicitário, por que o titular não tinha comparecido. Com seu jeito simples, Béttio agradou tanto, que foi contratado. Depois de algum tempo, ele foi para a Rádio Cometa e ficou muito conhecido em São Paulo.
Além do diálogo com os ouvintes, as músicas tocadas no programa, sertanejas de raiz, eram um sucesso de público. A dupla Milionário e José Rico foi lançada por Zé Béttio.
Logo na abertura do programa, às 5h, os bordões “acorda, joga água nele”, “gordo, ô gordo”, ficaram eternizados. O radialista conquistou muita popularidade na Rádio Record e também na Rádio Capital.
Em 2009, aos 81 anos, Zé Béttio se aposentou encerrando a carreira na Rádio Record.
Já em 2016, Zé Béttio sofreu um AVC. De acordo com o seu filho Homero, ele se recuperou bem, mas levava uma vida com algumas limitações.
A/M