Uma realidade preocupante e que, infelizmente, é muito comum com professores, também vem acontecendo com os médicos. Segundo um levantamento realizado pela Associação Paulista de Medicina, com 509 profissionais, 71,12% dos médicos já sofreram algum tipo de violência no trabalho. Dos que afirmam nunca ter vivido esta situação, 57,82% têm colegas que já foram agredidos no ambiente corporativo.
Das agressões que constam no levantamento, 70,87% aconteceram em serviços ligados ao estado, ou seja, fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Deste número, 41,46% aconteceram em hospitais e 29,41% foram em postos de saúde e outras unidades. Na rede particular o número foi inferior, já que apenas 22,41% foram em hospitais privados e 6,72% em consultórios particulares.
A motivação para as agressões são, na maioria das vezes, por demora no atendimento ao paciente, como aponta 32,9%. O descontentamento do paciente com o atestado é o segundo motivo que acarreta em agressões, com 21,29%.
De acordo com o presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luís Gomes do Amaral, os médicos são vistos como responsáveis pelos atendimentos nos serviços de saúde, em todas as suas dimensões, sendo atribuídas a estes profissionais problemas administrativos e até falta de recursos.
A/M