Uma das vítimas da tragédia na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na região Metropolitana de São Paulo, era a mineira Marilene Ferreira Umezu.
A coordenadora pedagógica, de 59 anos, é natural de Ubá, na Zona da Mata, e viria para Minas neste mês para a festa de um primo. A mulher foi uma das primeiras a ser mortas pelos criminosos.
A professora foi uma das 8 vítimas fatais do atentado que aconteceu na manhã da última quarta-feira (13), quando dois jovens encapuzados invadiram a escola e atiraram contra os alunos e funcionários. Guilherme Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, se mataram em seguida.
Em um grupo da família, a professora chegou a cumprimentar os familiares pouco antes do acontecido. “Bommmm diaaaaaa grande família!!!!!”, publicou Marilene cumprimentando os parentes, por volta das 6h da manhã.
Em nota, a prefeitura de Ubá chegou a lamentar a morte da professora. “A comunidade ubaense se associa à dor de todos os que, num misto de perplexidade e solidariedade humana, foram atingidos direta e indiretamente pela tragédia ocorrida na Escola Pública Raul Brasil, em Suzano-SP”.
O Prefeito de Ubá, Edson Teixeira Filho, contou que a prefeitura se colocou à disposição dos familiares para auxiliar no que for necessário. “Nós disponibilizamos um veículo com motorista para que levasse parte da família para o velório em Suzano.
A solidariedade da prefeitura, aquilo que nós pudermos fazer, já foi feito. Mas, com toda certeza, nós sentimos muito e sabemos que este é um sentimento que atinge todos os moradores de Ubá.”
A professora que deixa três filhos, Marcel, 28 anos, Eidi, 32, e Maicon, 37, era ativista nas redes sociais. Em uma das publicações, ela defende o “porte de livros”, fazendo alusão a liberação do porte de armas.
O sepultamento da professora vai acontecer no próximo sábado (16), quando um dos filhos retorna da China para despedir da mãe.
A/M