O assunto foi discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa.
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) defende mais transparência nas regras e clareza no impacto para a sociedade, antes de tomar alguma iniciativa que contribua com o processo de privatização da CeasaMinas, empresa de economia mista sob a supervisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que foi incluída no Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do governo federal. Apesar de ter sido federalizada em 2000, o Governo de Minas manteve a gestão do Mercado Livre do Produtor, conhecidos como MLPs, instalados nos entrepostos da CeasaMinas no estado.
O posicionamento da secretaria foi apresentado nesta segunda-feira (4/9), durante audiência pública da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Convocada pelo presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Arantes, a audiência reuniu produtores, lojistas e funcionários que receiam prejuízos com a privatização do órgão. Segundo o secretário-adjunto, Amarildo Kalil, o Governo de Minas não foi consultado sobre a forma como será feito o processo. “Sem uma clareza de como será o processo, a secretaria de agricultura não dará nenhum passo em relação a essa proposta”, afirma.
O MLP localizado no entreposto de Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte) é o maior do estado, por onde passa a produção de aproximadamente 2 mil produtores por mês. No ano passado, foram comercializados de 595 mil toneladas de hortigranjeiros. O volume corresponde a 81% do total registrado nos sete MLPs em operação no estado.
Além do MLP da Ceasa de Contagem, há mercados livres em funcionamento nas unidades da CeasaMinas de Juiz de Fora (Zona da Mata), Governador Valadares e Caratinga (Rio Doce), Barbacena (Campo das Vertentes), Uberaba e Uberlândia (Triângulo).