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Índice de Preços ao Produtor varia 0,32% em janeiro

por Barbacena em Tempo
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Os preços da indústria variaram 0,32% em janeiro, número inferior ao observado na comparação entre dezembro e novembro (0,65%). Na mesma comparação, 18 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra dez do mês anterior. O acumulado em 12 meses foi de 6,33%, contra 5,19% em dezembro de 2019.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis). A publicação completa do IPP pode ser acessada aqui.

Na passagem de dezembro para janeiro de 2020, os preços das indústrias extrativas e de transformação (indústria geral) variaram 0,32%, número inferior ao observado na comparação entre dezembro e novembro (0,65%). As quatro maiores variações observadas em janeiro se deram entre os produtos das seguintes atividades: indústrias extrativas (5,52%), metalurgia (3,11%), borracha e plástico (2,01%) e alimentos (-2,01%).

As maiores influências, na mesma comparação, foram: alimentos (-0,47 p.p.), indústrias extrativas (0,25 p.p.), metalurgia (0,18 p.p) e veículos automotores (0,10 p.p.).

acumulado em 12 meses (janeiro de 2020 contra janeiro de 2019) atingiu 6,33%, contra 5,19% em dezembro/2019. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais neste indicador, sobressaíram: indústrias extrativas (29,71%), refino de petróleo e produtos de álcool (19,81%), outros equipamentos de transporte (10,07%) e farmacêutica (9,84%). Já os setores de maior influência foram: alimentos (2,02 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (1,88 p.p.), indústrias extrativas (1,15 p.p.) e veículos automotores (0,39 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, a variação de preços de 0,32% frente a dezembro repercutiu da seguinte maneira: 1,26% em bens de capital; 1,33% em bens intermediários; e -1,24% em bens de consumo, sendo que 0,56% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e -1,61% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Do resultado da indústria geral, 0,32%, a influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: 0,09 p.p. de bens de capital, 0,71 p.p. de bens intermediários e -0,49 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, -0,52 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,04 p.p. nos bens de consumo duráveis.

Destacaram-se os seguintes setores:

Indústrias extrativas: em janeiro de 2020, os preços variaram 5,52% em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2019, observou-se variação de 29,71% nos preços do setor. A atividade se destacou nas influências sobre o indicador mensal (0,25 p.p. em 0,32%) e sobre o indicador acumulado nos últimos 12 meses (1,15 p.p. sobre 6,33%) da indústria geral. Destaque para a influência dos “minérios de ferro” e dos “óleos brutos de petróleo” sobre os indicadores da atividade.

Alimentos: em janeiro, os preços do setor variaram -2,01% em relação a dezembro. Já em relação a janeiro de 2019, a variação foi de 9,01%. As carnes (bovinas, suínas e de aves), que haviam pressionado o índice positivamente, tiveram efeito contrário nesse mês. Entre os cinco produtos destacados, quatro são do grupo “abate e fabricação de produtos de carne” e um “açúcar cristal”, do grupo “fabricação e refino de açúcar”. Os destaques, por influência, foram “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “açúcar cristal”, “carnes e miudezas de aves congeladas” e “carnes de suínos congeladas”, que respondem por -2,15 p.p. da variação de -2,01%.

Refino de petróleo e produtos de álcool: a variação de preços do setor, na comparação de janeiro de 2020 com dezembro de 2019, foi de 0,68%, abaixo da observada em dezembro, 3,92%. Na comparação com igual mês no ano anterior, os preços mais recentes estavam, em janeiro, 19,81% maiores (os de dezembro de 2019 eram 20,37% maiores que os de dezembro de 2018).  Na comparação com dezembro de 2019, todos os produtos destacados tiveram variação positiva, com exceção de “gasolina, exceto para aviação”, valendo-se observar que, entre os destaques, não aparece “óleo diesel”, o de maior peso no cálculo do setor (40,74%). Os quatro produtos destacados responderam por 0,65 p.p. em 0,68%.

Metalurgia: na comparação de janeiro de 2020 com dezembro de 2019, houve uma variação de 3,11%, maior variação desde setembro de 2018, trazendo o acumulado em 12 meses para 3,12%, resultado inferior ao ocorrido em janeiro de 2019 (11,66%). O resultado do mês foi obtido graças, principalmente, aos produtos do setor siderúrgico, o qual apresentou uma variação de 3,76%. “Lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”, “bobinas ou chapas de aços galvanizadas, zincadas ou cromadas” e “ouro para usos não monetários” variaram positivamente. Os quatro produtos representam 2,01 p.p. da variação no mês, e os demais 20 produtos, 1,10 p.p. Dos quatro produtos citados como destaques em termos de influência no resultado do mês, dois são comuns na análise do acumulado em 12 meses, são eles: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, agora com variação negativa e o “ouro para usos não monetários”, este com valor positivo. Já os produtos “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2mm” com variação positiva e “óxido de alumínio (alumina calcinada)” com resultado negativo completam os destaques da atividade.

Veículos automotores: em janeiro, a variação observada no setor foi de 1,23%, quando comparada com o mês imediatamente anterior, sendo esta a quinta variação positiva seguida e a maior observada desde janeiro de 2018 (1,27%). Já a variação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,67%. A título de comparação, em janeiro de 2019 o setor havia acumulada uma variação de 6,19% neste mesmo indicador. A “fabricação de automóveis, camionetas e utilitários”, grupo econômico analisado da atividade, apresentou, no mês de janeiro, uma variação de preços de 1,22% na comparação com dezembro. Vale destacar também que, dos últimos 12 meses analisados, o grupo apresentou aumento médio de preços nove vezes e uma variação acumulada de 4,44%.

Fonte: IBGE-MG 

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