Ainda que as projeções apontem aumento de casos, pico da covid-19 em Minas só será confirmado após a redução nos números da doença.
De acordo com o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, o pico da covid-19 no estado é um dado obtido por meio de projeções feitas pelas equipes da SES-MG com o objetivo de sinalizar qual seria o período de maior estresse da rede pública de assistência à saúde.
Em coletiva realizada nesta segunda-feira (13/7), Carlos Eduardo Amaral explicou que, neste momento, registra um aumento no número de casos no estado, conforme as projeções adiantaram, mas que alguns fatores interferem na proximidade ou adiamento do pico da doença.
“O acompanhamento da situação no dia a dia tem nos mostrado que boa parte das projeções que fizemos estão se concretizando. Entretanto, alguns fatores interferem na concretização ou não de um pico. Dentre eles, a adesão que se tem ao isolamento, levando-se em consideração todo o estado de Minas Gerais, e também a forma e quantidade de transmissão dos casos que estão acontecendo”.
Ainda segundo Carlos Eduardo Amaral, mesmo que as projeções apontem um volume grande de casos para esta semana, somente se definirá se já teremos o pico da covid-19 em Minas Gerais ou, ainda, se o estado já terá o chamado platô, quando a curva de novos casos diários estabiliza-se numa reta, futuramente, após as avaliações necessárias.
“De forma geral, como Minas Gerais teve um incremento no número de casos mais lento do que outros estados, existe a possibilidade de que nós tenhamos um número maior de casos e depois uma discreta redução, mantendo-se o platô. A questão é que só saberemos que estivemos no pico quando observamos redução no número de casos”, explica o secretário de Estado de Saúde.
Até o momento, foram registrados 76.822 casos confirmados da covid-19 em Minas Gerais. Estão em acompanhamento 24.697 casos e são 50.510 casos recuperados. Com relação aos óbitos, estão confirmados 1.615.
Monitoramento
Durante a coletiva, o chefe de Gabinete da SES-MG, João Pinho, destacou que a Secretaria acompanha os dados de todas as macrorregiões, fazendo atualizações constantes, seja da taxa de ocupação de leitos, seja dos índices relacionados à contaminação do vírus da covid-19.
“Nós monitoramos os indicadores, verificamos como está a situação de cada lugar e, com a divulgação semanal das avaliações feitas por meio do Minas Consciente, indicamos qual é a onda mais apropriada para aquele momento em cada região. Isso é uma forma de indicarmos qual o nível de isolamento necessário, pois quando definimos quais atividades econômicas devem estar em funcionamento, também estamos falando quantas pessoas devem estar em casa e quantas em circulação”, esclarece João Pinho.
O chefe de Gabinete da SES destaca, ainda, que no caso das atividades consideradas aptas ao funcionamento, o ideal é que sejam priorizados o teletrabalho e o atendimento a distância, de modo a intensificar as medidas de isolamento.
Por Jornalismo SES-MG