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SES-MG informa ocorrência de epizootias por febre amarela em Minas Gerais

por Barbacena em Tempo
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Conforme resultado de exames laboratoriais liberados hoje (quinta-feira, 7/12) pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), foi confirmada a morte de macacos no Estado em decorrência de infecção por febre amarela.

Os municípios onde os macacos contaminados foram localizados são os seguintes: 1) Belo Horizonte (no Parque das Mangabeiras); 2) Congonhas; 3) Esmeraldas; 4) Nova Lima; e 5) Santana do Deserto.

Considerando o presente cenário de circulação do vírus da Febre Amarela Silvestre na Região Sudeste do país, faz-se o alerta quanto à necessidade de investigação de rumores de morte de macacos e da intensificação da vacinação nos municípios com coberturas abaixo de 95%. Em especial atenção aos municípios que fazem parte das Unidades Regionais de Saúde: Belo Horizonte, Itabira, Barbacena, São João Del Rei, Alfenas, Varginha, Pouso Alegre, Divinópolis, Passos, Juiz de Fora, Ubá, Leopoldina, Uberaba, Uberlândia e Ituiutaba.

A SES-MG reforça que não há confirmação de novos casos de febre amarela em humanos em Minas Gerais.

Vacinação

A SES-MG reforça a necessidade da população desses municípios se vacinarem contra a febre amarela, conforme calendário nacional.

Hoje, as Unidades Básicas de Saúde (também conhecidas como Postos de Saúde) encontram-se abastecidas  e  a SES-MG possui em seu estoque 1,4 milhão de vacinas.  Pessoas entre nove meses e 59 anos de idade devem se vacinar. Apenas uma dose é suficiente para garantir a proteção ao longo de toda a vida.

A cobertura vacinal no Estado de Minas Gerais atingiu 81%, mas a meta é de 95%.

Ações da SES

Desde a primeira notificação de febre amarela no Estado, a SES-MG tem desencadeado as ações preconizadas para vigilância e assistência dos casos suspeitos de febre amarela, clique aqui e saiba mais

  • Realização de ações educativas de mobilização social para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti em municípios infestados, visando evitar a reurbanização da Febre Amarela no Brasil;
  • Apoio aos municípios na investigação dos casos e nas ações de mobilização, controle e vacinação.
  • Ampliação da oferta de vacina aos viajantes não vacinados que se destinem à Área Com Recomendação de Vacina no Brasil (ACRV) ou para países com risco de transmissão, pelo menos 10 dias antes da viagem.
  • Intensificação da vacinação em municípios que são área com recomendação de vacina no Estado, elevando assim as coberturas vacinais, com priorização das populações de áreas rurais e silvestres, principalmente para aqueles indivíduos com maior risco de exposição (população de área rural, silvestre, pessoas que fazem turismo “ecológico” ou “rural”, agricultores, extrativistas e outros que adentram áreas de mata ou silvestres);
  • Notificação e investigação oportuna (até 24h) de todos os casos humanos suspeitos, incluindo aqueles de doenças febris ictéricas e/ou hemorrágicas, óbitos por causa desconhecida e mortes de primatas.

Morte de macacos

A SES-MG informa que no caso do achado de macaco doente e/ou morto, deve ​ser acionado o setor de zoonoses do município para que as devidas providências possam ser tomadas a contento. A partir da denúncia, o profissional da zoonoses acionado verificará se o animal morto apresenta condições de coleta e envio para exames laboratoriais. O procedimento de coleta é específico e deve ser realizado por profissional habilitado para tal. Os laboratórios que processam as amostras de macacos provenientes de Minas Gerais são a FUNED/IOM (referência estadual) e a Fiocruz-RJ (referência nacional).

A SES-MG ressalta que os primatas prestam um importante auxílio no enfrentamento, prevenção e controle à febre amarela. Por adoecerem primeiro, os primatas dão às autoridades informações valiosas sobre a circulação do vírus. O achado de macacos mortos serve de alerta para que os órgãos de saúde pública iniciem campanhas de vacinação. Algumas pessoas pensam que os macacos transmitem a febre amarela aos humanos, o que é completamente errado. Além de ilegal e de tornar mais crítico o estado de conservação desses animais, a matança indiscriminada, assim como o envenenamento intencional de macacos são extremamente prejudiciais ao próprio ser humano. Se eles forem mortos pelas pessoas, descobriremos que a febre amarela chegou a determinada região apenas quando as pessoas contraírem a doença.

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